Valongo sofre com cortes constantes de energia em Santos

Trabalhadores citam atrasos em serviços e queima de aparelhos

Por: Matheus Müller & Da Redação &  -  15/05/19  -  17:11
Relatos dão conta de que as falhas sempre ocorreram, mas, de dois meses para cá, se intensificaram
Relatos dão conta de que as falhas sempre ocorreram, mas, de dois meses para cá, se intensificaram   Foto: Vanessa Rodrigues/ AT

Frequentadores do Valongo, em Santos, têm sofrido com as constantes oscilações no fornecimento de energia elétrica. Trabalhadores do bairro afirmam que o problema atrapalha o andamento de serviços e danifica equipamentos.


Relatos dão conta de que as falhas sempre ocorreram, mas, de dois meses para cá, se intensificaram. Há quem aponte que as obras viárias na entrada de Santos tenham ligação com o problema no abastecimento de energia. A Prefeitura, porém, nega qualquer relação entre os serviços e a falta de força.


Segundo o agente de navio Kauê Oliveira Parizi, no começo do mês de abril, os cortes de energia aconteciam a cada dois dias e cada episódio chegou a durar mais de duas horas. Ele comentou que, em resposta, a CPFL Piratininga, concessionária do serviço, se justificava dizendo que a rede elétrica estava em manutenção.


“Estão sempre em manutenção? É um problema contínuo? Nos últimos dias melhorou, mas devem ter feito algum trabalho paliativo, e acredito que as oscilações vão continuar”, disse.


Outra profissional que trabalha no bairro, mas não quis se identificar, declarou que as falhas no fornecimento de energia já queimaram estabilizadores. Segundo ela, funcionários ficam sem trabalhar durante o período em que a energia está cortada.


Resposta


A CPFL não respondeu sobre a situação no Valongo. Em nota, porém, mencionou investimentos de R$ 53,8 milhões na Baixada Santista no ano passado.


“Os resultados foram sentidos nos indicadores da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). No ano passado, a companhia registrou o menor tempo de interrupção do fornecimento de energia no País entre as grandes distribuidoras brasileiras”, destacou a concessionária.


A CPFL disse que a qualidade do fornecimento de energia está sujeita a fatores que vão além da responsabilidade da distribuidora, como tempestades, colisões de veículos em postes, interferência de pipas na rede, vandalismo e furto de materiais.


“As redes de distribuição de energia são projetadas para suportar condições normais de operação (incluindo chuvas). Mas alguns eventos de intensidade atípica, como a queda de árvores, podem exceder a resistência dos equipamentos, causando interrupções. Vale ressaltar que parte das interrupções é resultante de desligamentos programados, referente a obras de manutenção e expansão de rede para atendimento a novos clientes”, detalhou, no comunicado.


Danos


Em caso de danos a equipamentos, a CPFL informa que os clientes que considerarem ter direito a indenização devem procurar a companhia por meio de seus canais de atendimento e solicitar o ressarcimento conforme procedimentos padronizados. Após análise técnica, se o pedido for deferido, o pagamento será feito em até 20 dias.


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