Parte do telhado de um imóvel anexo ao antigo prédio da Escola Técnica Estadual (Etec) Dona Escolástica Rosa desabou, na tarde desta sexta-feira (25). Segundo informações do Corpo de Bombeiros, não houve vítimas, uma vez que o edifício, que pertence à Santa Casa de Santos, está desocupado desde 1° de janeiro, a pedido do Ministério Público do Trabalho (MPT).
Equipes do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar e da Defesa Civil se deslocaram ao local. No momento do desabamento, havia três pessoas no complexo, mas em lugares distantes do trecho da queda. O edifício abrigava materiais escolares como mesas e cadeiras, segundo os bombeiros. O imóvel, anexo ao antigo prédio do Escolástica Rosa, já estava interditado desde o ano passado, devido às más condições de conservação.
A administradora Rubia dos Santos estava em casa, assistindo televisão com sua neta, quando ouviu um forte barulho causado pelo desabamento. "Até achei que pudesse ter sido da igreja. Minha neta até agarrou no meu pescoço por conta do forte barulho", relata.
Ainda sem informações oficiais sobre as causas do incidente, o telhado pode ter cedido devido ao forte temporal que atingiu a Baixada Santista na tarde desta sexta-feira.
Histórico
Em 15 de novembro do ano passado, o Ministério Público do Trabalho entrou com um pedido para desativar o Escolástica Rosa em 1º de dezembro, devido à total degradação do imóvel. No entanto, após inspeção da Defesa Civil de Santos, o próprio MPT prorrogou o prazo até 31 de dezembro, para não comprometer o calendário letivo.
O Centro Paula Souza (CPS), autarquia do Governo do Estado, deveria desocupar o prédio em 1º de janeiro. No entanto, segundo a Santa Casa de Santos, dona do imóvel, isso não aconteceu. O hospital, inclusive, entrou com pedido na Justiça contra o CPS para a desocupação do imóvel, assim como a entrega das chaves.
O prédio, que é tombado pelo Patrimônio Histórico, tem pontos de umidade, infiltração e áreas interditadas. Laudo da Seção de Vigilância e Referência em Saúde do Trabalhador apontou irregularidades quanto à estrutura do imóvel e às condições de saúde, segurança e conforto dos trabalhadores e estudantes.