Serviços de Santos considerados 'essenciais' sentem impacto da Fase Vermelha do Plano SP; VÍDEO

Fechamento temporário de serviços considerados ‘não essenciais’ para a população gera mudanças no cotidiano até mesmo de quem continua de portas abertas

Por: Thiago D'Almeida  -  09/03/21  -  20:40
  Foto: Thiago D'Almeida/AT

A volta da Baixada Santista à fase vermelha por conta do aumento de casos de coronavírus segue gerando um forte impacto nos comerciantes, até mesmo nos que prestam serviços considerados ‘essenciais’ e, portanto, continuam de ‘portas abertas’. A equipe de A Tribuna esteve na Avenida Ana Costa, em Santos, na região do Gonzaga, e conversou com pessoas que têm a possibilidade de manter parte da sua rotina, mas sentem fortemente o impacto econômico e social gerado pela restrição dos colegas comerciantes. Confira a videorreportagem acima. 


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Postos de combustíveis continuam abertos para atender a população, mas o gerente do “Posto BR”, localizado ao lado do Canal 3, Jorge Luiz Gomes, disse que a inoperância dos outros serviços altera os negócios do local onde trabalha. “Nós estamos enquadrados nos serviços essenciais, mas temos dificuldades. O movimento está precário e as vendas caíram. Acredito que todos deveriam abrir [as portas], mas dentro das normas de segurança da saúde, com álcool em gel e máscara [de proteção]”.


Por sua vez, o setor alimentício precisou mudar drasticamente a rotina. O proprietário do “Spaço Mineiro”, Renato Quitite de Almeida, explicou que, no momento, as lojas estão sem clientes em seu espaço físico e vendendo apenas por delivery ou retirada. “Impacta muito, pois o movimento caiu bastante. Entendemos que a situação da pandemia é séria, mas, economicamente falando, fica difícil também”.


Perguntado sobre a relação com os demais comerciantes, Almeida analisou o ‘grupo’ como um todo. “Nós [os comerciantes] somos um só, e cada um é um membro valioso e significativo. A costureira ‘traz’ as pessoas para cá (a região próxima ao seu estabelecimento), e eles vêm lanchar”, diz. “Se todos estão fechados, a pessoa não encontra sentido em vir até a ‘região’ do Gonzaga, por exemplo”. 


Os Pet Shops e clinicas veterinárias também são considerados ‘essenciais’ durante a fase vermelha e seguem abertos, mesmo com certas restrições. A equipe de A Tribuna também conversou com a assistente geral da “Pelos, Patas e Cia’, Fernanda Moura Fernandes, que explicou a diferença do movimento da clientela no período. “Caiu desde o começo da pandemia, mas não sei se é pelo medo das pessoas saírem na rua ou gastarem dinheiro, pois não sabem o que vai acontecer daqui para frente”.


Por sua vez, a médica veterinária desta clínica, Juliana Guazzelli Ferrari, relatou o medo sentido pelo ambiente “deserto” após o ‘horário comercial’, ou seja, quando os poucos estabelecimentos que podem ficar de portas abertas se fecham. “A diminuição do trânsito de pessoas aqui influencia muito. Para ter noção, o meu horário de trabalho normalmente é encerrado as 19h, mas, agora, encerro uma hora antes”, explica. “Quando começa a escurecer, o Gonzaga fica completamente vazio e dá receio até de ficar aqui com a clínica aberta”, finaliza.


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