Sem público, Aquário de Santos mantém cuidados em dia durante a pandemia

Atração turística mais visitada da Cidade em 2019, equipamento mantém programação online nas redes sociais

Por: Da Redação  -  25/05/20  -  23:37
Na quarentena, pequenas mudanças têm ocorrido no local
Na quarentena, pequenas mudanças têm ocorrido no local   Foto: Matheus Tagé/AT

Acostumados com holofotes e visitas frequentes, eles eram os mais populares de Santos em um passado recente. A pandemia, no entanto, mudou completamente o cenário. Hoje, sem público, recebem entre oito a dez pessoas por dia. Uma vez ou outra escutam buzinaços e panelaços, mas nada que tirem eles do sério. O isolamento social não deixou os milhares de moradores do Aquário de Santos, ponto turístico mais visitado da Cidade, desamparados.


“São tratadores de animais, estagiários do programa CIEE, veterinários e o chefe da biologia. Os veterinários se revezam para algum cuidado necessário. O Gustavo (biólogo), por exemplo, está fazendo algumas cirurgias nas tartarugas. É uma equipe reduzida, porém mantendo as atividades rotineiras, como a alimentação. Mesmo na quarentena, o Aquário recebe doações de animais e peixes. Todo mundo devidamente protegido com máscara, mas já recebemos peixes de água doce”, comenta o biólogo Alex Ribeiro, coordenador do Aquário.


Na quarentena, pequenas mudanças têm ocorrido no local. Nada que vá chamar muita a atenção do público, mas são serviços essenciais. “São pequenas intervenções em tanques menores, pintura, ajuste de cenografia, uma manutenção interna, que vai um pouco além do nosso serviço”.


Entre as espécies que demandam mais atenção nessa quarentena, Ribeiro destaca os pinguins, que estão em um número maior de habitantes. São em torno de 15 animais. “Tem a alimentação de manhã, a limpeza do recinto, os mesmos serviços na parte da tarde. Eles são alimentados individualmente, o que acaba demandando um pouco mais de trabalho”.


Ribeiro conta que não notou nenhuma mudança de comportamento dos animais durante a pandemia. “A parte fisiológica está normal. São aquáticos, sem tanta interação com público, como o zoológico. A gente tenta manter a mesma rotina, mantendo o fotoperíodo de 12 horas com as luzes acesas ao longo do dia e apagadas durante a noite. É preciso esse fotoperíodo para os bichos se desenvolverem, saber que é dia, saber que é noite, a hora de se alimentar”.


O biólogo diz que a economia feita com luz é pequena, mas acontece por não ter auditório funcionando, bilheteria e nem as luzes do letreiro. “É o que podemos economizar no momento”.


Conteúdo online

Com a equipe de educação ambiental trabalhando em esquema de home office, o coordenador do Aquário ressalta a programação online. Palestras sobre tubarões e raias, taxidermia, bioética em zoológicos e aquários são alguns dos temas apresentados no Instagram e Facebook do Aquário de Santos.


“Vai ter uma live com a equipe de educação ambiental, provavelmente, na semana que vem”, adianta o biólogo.


Até o próximo domingo, o Aquário também postará vídeos relacionados à montagem de brinquedos com materiais reutilizáveis. A ação faz parte da Semana Mundial do Brincar.


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