Santos terá 4,7 mil árvores no lugar das cortadas, diz Paulo Alexandre Barbosa

Segundo prefeito, será compensação pela retirada de palmeiras decorrente das obras na entrada da Cidade

Por: Maurício Martins  -  22/11/18  -  12:59
A Cidade vai ganhar áreas verdes”, salienta Paulo Alexandre Barbosa
A Cidade vai ganhar áreas verdes”, salienta Paulo Alexandre Barbosa   Foto: Nirley Sena/AT

O prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), afirma que serão plantadas 4.754 mudas no Município (ao custo estimado em R$ 1,2 milhão), como compensação pelas 140 árvores retiradas em todas as etapas das obras da entrada da Cidade. O montante é maior do que o previsto pela legislação, de dez mudas para cada árvore morta. Barbosa também destaca a recuperação ambiental de 500 metros de área de mangue da Favela Butantã, no Rádio Clube, na Zona Noroeste, de onde foram removidos 213 barracos, também como parte do projeto.


Nesta quarta-feira (21), após repercussão negativa por causa do corte, pelo tronco, de 79 palmeiras reais na Avenida Martins Fontes, o prefeito pediu para detalhar o assunto à Reportagem.


Ele disse que a Administração Municipal cumpre a lei e foi autorizada pela Companhia Ambiental do Estado (Cetesb) a remover as árvores. Afirmou que a ação não foi escondida: transcorreu no período da madrugada e no fim de semana por causa do menor movimento de veículos, o que minimizaria riscos de acidentes.


Barbosa salienta, ainda, que o custo para replantar as palmeiras em outro local chegaria a R$ 2 milhões e que 70% não resistiriam. “Seria uma irresponsabilidade, tratando-se de recurso público, fazer um investimento desse”, diz.



Corte de palmeiras na entrada da Cidade gerou polêmica (Foto: Vanessa Rodrigues/AT)

Público


Para o prefeito, não havia necessidade de divulgação da medida, porque ele considera óbvio que a construção do viaduto e de sistemas de drenagem previstos não seria possível sem a destruição das palmeiras, de 3 toneladas cada. O chefe do Executivo ressalta que o projeto é público e qualquer pessoa pode ter acesso ao documento.


“Numa obra desse porte, a gente não licencia pontualmente a retirada de uma árvore, mas o empreendimento. A Prefeitura fez tudo como manda a lei, submetemos tudo à Cetesb”, afirma Barbosa. “O conceito da lei de compensação ambiental é garantir área verde no Município. Como a gente vai priorizar um replantio (das palmeiras), com taxa de sucesso de 30%, em vez de multiplicar por dez a área verde da Cidade?”, questiona.


Segundo o prefeito, 444 mudas já foram plantadas no Monte Serrat como parte da compensação. “Do ponto de vista ambiental, a Cidade vai ganhar áreas verdes. O projeto de recuperação ambiental do mangue tem uma relevância absurda. Outra vertente: quando a gente tira o tempo semafórico, garante a fluidez no trânsito e diminui a emissão de monóxido de carbono”, justifica Barbosa.


Logo A Tribuna
Newsletter