No mesmo dia em que a Prefeitura de Santos publicou no Diário Oficial a criação do Comitê Municipal de Segurança e Fiscalização das Bandas (CMSFB), os diretores da Banda Cobras, do Marapé, anunciaram que não participarão mais do Carnabanda.
A decisão informada, ontem, pelo presidente Marcio Luiz Alexandre, é uma resposta à confusão criada por “moleques que não são do bairro”, segundo ele.
“Eles aparecem para fazer baderna”. Marcio Luiz diz ainda que ninguém foi assaltado, nem machucado no evento.
O diretor ressaltou que os problemas foram registrados após o encerramento da banda às 22 horas. No próximo ano, a ideia é fazer um evento voltado apenas para moradores locais e em uma só rua.
A Polícia Militar (PM) confirmou ter recebido um chamado às 23h02 sobre diversos indivíduos, no Canal 1, que estariam destruindo uma banca de jornais.
Mas, de acordo com a PM, quando os policiais chegaram ao local não havia mais ninguém. A corporação negou o uso de bombas ou disparos de balas de borracha para dispersar o grupo.
Regras mais rígidas
Composto pelas secretarias municipais, Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) de Santos e PM, o Comitê Municipal começou as atividades colocando em prática algumas medidas de segurança para o Carnabanda.
O presidente do comitê e secretário de Segurança, Sérgio Del Bel, diz que o objetivo é evitar riscos de conflitos em vias públicas.
Entre as novas determinações estão: força-tarefa de fiscalização dos desfiles;aumento do efetivo da Guarda Municipal e PM; aumento do número de seguranças particulares contratados pelas bandas e proibição, nas imediações, do comércio e consumo de bebidas em garrafas ou copos de vidro.
Em caso de descumprimento das medidas e fiscalização, eventuais sanções serão deliberadas pelo comitê.
Vale lembrar que, na última sexta-feira, seis bandas foram excluídas do Carnabanda por medida de segurança. São elas: Vila Sapo, da Direito, Jabaquara, Carnacachaça, Unidos da Capela e Vila Belmiro.