O último reajuste da passagem dos ônibus municipais de Santos, ocorrido em 13 de janeiro, é alvo de uma ação civil pública movida pela Defensoria Pública do Estado de São Paulo. O órgão pede a suspensão do aumento de R$ 4,05 para R$ 4,30.
A Defensoria argumenta que o novo valor não leva em consideração que a frota sofreu redução de 12 ônibus em 2018, assim, a tarifa deveria ser reduzida a R$ 4, não o contrário.
O órgão ainda aponta que a população não foi devidamente informada nem participou da decisão pelo decreto que instaurou o reajuste. A Defensoria pede a condenação da Viação Piracicabana, responsável pelo serviço, da prefeitura e da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) ao pagamento de R$ 1,2 milhão por dano moral coletivo.
À época do aumento, a administração municipal argumentou que o contrato de permissão do transporte com a empresa permite reajuste anual da passagem, o que justifica o crescimento de R$ 0,25. Entre os fatores apontados para o novo valor, estão os sucessivos aumentos do preço do combustível, a elevação de insumos como pneus e peças, além de gastos com a folha de pagamento e benefício dos funcionários da concessionária, além da queda no número de passageiros transportados.
O reajuste dividiu opiniões na cidade. Em entrevista para A Tribuna On-line, usuários demonstraram ideias diversas sobre o rejuste, alguns contra e outros a favor.
A Reportagem entrou em contado com a Prefeitura de Santos e a Viação Piracicabana, mas não obteve resposta até o momento.