
Santini teve seu quadro colocado na parede do auditório da associação, ao lado dos seus antecessores ( Foto: Alexsander Ferraz/AT )
Uma homenagem ao presidente da Fundação Pinacoteca Benedicto Calixto e diretor-presidente da TV Tribuna, Roberto Clemente Santini, marcou a noite desta segunda-feira (18), na sede da Associação Comercial de Santos (ACS), que no próximo dia 22 completa 153 anos de atuação na cidade.
Santini presidiu a ACS entre os anos de 2014 e 2020, e teve seu quadro colocado na parede do auditório da associação, ao lado dos seus antecessores. Ele foi o 38º diretor, e teve dois mandatos de sucesso, com a reinauguração da sede e atualização do logotipo da associação, restauração do livro de ouro, instalação de novos elevadores e demais trabalhos que marcaram sua administração.
À reportagem de A Tribuna, Santini mostrou sua felicidade, e dedicou o quadro a todos que trabalharam ao seu lado, enquanto presidia a associação. “O quadro aqui é meu, mas, na realidade, foi um grupo de empresários e colaboradores que esteve à frente comigo, e que, ao meu lado, procurou atualizar a associação comercial. Como eu digo, cada presidente tem o seu tempo, sua realidade e procurou fazer o melhor. Então esse quadro eu dedico a todas as pessoas que estiveram comigo trabalhando neste período de seis anos”, disse.
A obra foi uma criação do artista-pintor da capital do estado de São Paulo, Paulo Frade, que acredita que um quadro como esse agrega valor, e deixa um legado. “Eu me sinto muito lisonjeado por poder fazer parte desse legado, ainda mais nessa cidade maravilhosa”.
Para o atual presidente da ACS, Mauro Sammarco, a segunda-feira foi um dia histórico. “Nós celebramos o legado, o trabalho de doação de Roberto e toda a sua equipe, a sua diretoria, durante seis anos nessa instituição. Então contamos a nossa história, que é riquíssima, e marcamos aqui todo esse trabalho. Acho que é importante enaltecermos os nossos líderes que fazem muito por nossa cidade e nossa região”, conta.
Sammarco ainda diz que Santini preparou a ACS para o futuro. “A responsabilidade de dar sequência ao legado de uma pessoa como Roberto Santini, é grande. Toda a visibilidade que ele deu à ACS. A instituição é muito rica, é histórica, então estamos trabalhando para os próximos 150 anos”.
Entre as autoridades, estava o prefeito de Santos, Rogério Santos (Republicanos) que ressaltou a importância da instituição para a história do município. “É um dia memorável, é mais uma história, é mais um momento para nós marcarmos e recordarmos. E o quadro fiel faz jus ao Roberto. É uma homenagem não só a ele, mas à família toda”.

Família Santini esteve presente na homenagem ( Foto: Alexsander Ferraz/AT )
Família
A família Santini também esteve presente na homenagem. Para Fernanda Santini, filha, a noite foi muito especial. “Eu tenho muito orgulho, admiração e honra pelo meu pai. Então, estar aqui prestigiando e vendo todo esse trabalho que ele fez me deixa muito feliz. Ele realmente é meu herói”, diz.
Durante o mandato do pai, Manuela Santini também foi vice-coordenadora da Associação Comercial Jovem de Santos e acompanhou de perto o trabalho desenvolvido por ele. ”Essa noite é muito especial porque é o reconhecimento de uma presidência que trouxe muitos benefícios e foi muito frutífera. Não somente pela restauração da casa, que também é um patrimônio histórico na cidade, mas também pela paixão, pela dedicação que ele teve com a associação, que realmente serviu de inspiração para todos (...) Ele dedicou muito boa parte da vida dele para o desenvolvimento comercial, turístico e esportivo da cidade. Então, ver todo esse reconhecimento realmente é muito gratificante para nós”.
Curiosidades
Frade compartilhou que o processo de criação da obra foi feito em camadas e demorou alguns dias para ser finalizado. Baseando-se em uma foto do ex-presidente, o artista disse que precisou criar uma gravata e também a pose dos braços para compor a obra.
“Eu me vesti com um terno e uma gravata parecida, e depois me fotografei na mesma posição, para saber como a gravata se comportava (...) eu também usei como referência as mãos”, explicou.
O resultado deixou o artista orgulhoso. “Olha, eu falo que são dois estágios que o pintor passa: a agonia enquanto ele está fazendo a obra e depois o êxtase quando a termina, olha e fala: ‘nossa, eu fiz isso, que legal, né, essa é a minha profissão e Deus me deu um dom pra isso’”, finaliza.

Paulo Frade foi autor da obra ( Foto: Alexsander Ferraz/AT )