Protocolos contra covid-19 em escolas de Santos são corretos, dizem médicos

Infectologistas ressaltam medidas de mapeamento e de afastamento de casos suspeitos

Por: Júnior Batista  -  21/02/21  -  10:00
UME Pedro II, uma das escolas onde estudantes tiveram sintomas
UME Pedro II, uma das escolas onde estudantes tiveram sintomas   Foto: Matheus Tagé/AT

Casos suspeitos e confirmados de coronavírus na semana passada em escolas das redes pública e particular de Santos acendeu um alerta entre professores e alunos. Apesar de não haver consenso entre especialistas sobre a volta às aulas presenciais, eles dizem que os protocolos adotados em Santos estão corretos.


Clique e Assine A Tribuna por apenas R$ 1,90 e ganhe acesso completo ao Portal e dezenas de descontos em lojas, restaurantes e serviços!


Na Cidade, há suspeita nas unidades municipais de Educação (UMEs) Martins Fontes, Pedro II e Ilha Diana. A escola particular Pixote e Evoluir, no Campo Grande, confirmou 10 casos da doença, sendo oito entre funcionários e dois entre alunos. A escola suspendeu as atividades presenciais.


A Secretaria Municipal de Educação argumenta que quem teve contato próximo e por um período superior a 15 minutos com esses casos suspeitos, em cada uma das unidades de ensino, foram afastados por medida de precaução e, no caso dos alunos, passam a ter exclusivamente aulas remotas. Apesar disso, a pasta frisa que todas as UMEs estão de portas de abertas executando o retorno gradual das atividades presenciais e dá a opção aos pais pelas aulas remotas.


“As infecções dentro da escola devem ser analisadas caso a caso. Por exemplo, se há um caso confirmado, estudantes e funcionários que tiveram contato com essa pessoa devem permanecer em quarentena por 14 dias. Entretanto, se há mais de um caso ligados entre si, em salas de aula diferentes, além da quarentena, se deve fechar a escola”, explica o médico infectologista Leonardo Weissmann.


Segundo o infectologista Evaldo Stanislau, a definição de exposição de 15 minutos e proximidade são do centro de controle de doenças, adotada no mundo inteiro. “O que a secretaria fez foi definir caso a caso se há ou não contato de risco. Mapear os contatos usando uma definição de exposição oficial é uma conduta tecnicamente ajustada e adequada”, diz.


Sobre a hora de voltar as aulas, Stanislau afirma que existe a possibilidade de acordo com o momento epidemiológico. “Se a Prefeitura entendeu que o momento epidemiológico é adequado, a gente respeita as autoridades sanitárias. Isolar a classe e depois a escola como um todo é uma medida a ser considerada, mas de acordo com a análise caso a caso”, conclui.


Logo A Tribuna
Newsletter