Professora santista cria bonecos para falar de pandemia e inclusão social

Turma do Longinho nasceu para abordar temas delicados de forma lúdica

Por: Arminda Augusto  -  18/04/21  -  09:30
Carol Porto e os personagens da Turma do Longinho
Carol Porto e os personagens da Turma do Longinho   Foto: Alexsander Ferraz/AT

Como explicar para crianças pequenas o que é pandemia, coronavírus, distanciamento social, por que usar máscara, por que não pode abraçar e ficar junto dos amigos na hora do recreio?


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Nas aulas da professora Carol Porto, a dúvida virou desafio, e o desafio se transformou na Turma do Longinho, um conjunto de bonecos coloridos que ela mesma criou e que têm servido para falar não apenas sobre pandemia, mas também sobre temas de abordagem mais delicada, como a inclusão social.


O primeiro boneco foi o próprio Longinho, uma figura de sorriso largo e braços longos. Com ele, Carol cria histórias que abordam tudo sobre a pandemia: como surgiu o vírus, por que o distanciamento é importante e como deve ser o convívio social até a pandemia acabar.


A turma cresceu


Animada com a receptividade e a adesão das crianças, Carol, uma jovem professora de 34 anos e mãe de duas meninas, foi criando outros personagens. Vieram então a Leca, a Princesa Careca, uma menina careca que ensina sobre o câncer infantil; depois a Bela, personagem que sofre com transtorno de déficit de atenção, o que pode ser facilmente confundido com preguiça ou ignorância por pais e educadores.


Mais recentemente, Carol criou o Jonas, personagem com deficiência visual que conta com a ajuda de seu cão-guia, o Spike. Todos os personagens da Turma do Longinho são feitos de pano, bem coloridos, e com tamanho adequado para serem manuseados por ela nas aulas de artes e teatro que ministra para crianças de até 5 anos na Escola Vila Feliz, no Gonzaga.


Outros espaços


“É uma forma lúdica de ensinar as crianças sobre temas que elas veem todos os dias em notícias ou nas conversas em família, e que nem sempre entendem bem”, diz a professora, que é também atriz e pós-graduada em interpretação para teatro musical e com diversos cursos na área de educação voltada para crianças .


Todas as histórias criadas por Carol vão parar em suas redes sociais. No Instagram e no Youtube, as histórias são animadas e musicadas, e já têm uma legião de seguidores.


“Fiquei muito surpresa quando comecei a colocar a Turma do Longinho nas redes sociais. Recebi muitas mensagens, de professores e educadores até de fora do Estado, que estavam interessados em também encomendar os bonecos para trabalhar esses temas em sala de aula. Ensinando as crianças desde cedo principalmente sobre inclusão social, estamos contribuindo para diminuir o preconceito”.


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