Moradores de Santos têm reclamado da quantidade de mato nas ruas da cidade. O vídeo acima foi enviado por Wagner Alves, e mostra alguns deles. Em vários bairros é possível ver a vegetação impedindo o fluxo de água das valetas de escoamento para a rede pluvial, ou até atrapalhando a visão no trânsito, em esquinas. "Parece que está tudo largado, sem manutenção, porque passamos nos lugares e vemos o mato crescer a cada dia", diz Luciana Oliveira, moradora do Marapé.
Wagner Alves, de 54 anos, trabalha com o carro pela cidade, e alerta para outro risco "tem mato e vegetação em esquinas, que atrapalham a nossa visão, e até árvores que cobrem os semáforos, como na avenida Senador Feijó, no cruzamento com a Guedes Coelho. Só se vê quando chega perto. Não sei como ainda não aconteceu algum acidente alí à noite", alertou.
Luciana disse que tem ficado muito tempo em serviço home-office por conta da pandemia. "Como fico mais em casa, consigo reparar que não parece haver rotina de manutenção, acho que esperam as pessoas reclamarem para poder fazer o serviço", afirma.
Calor e chuvas
Questionada sobre o assunto, a prefeitura informou através da Secretaria de Serviços Públicos (Seserp) que, de novembro a abril, o crescimento vegetativo de gramínea e plantas invasoras é maior em razão da alta temperatura e aumento de chuvas.
Em relação às vias, "desde 2016, conforme recomendação do Ministério Público, Santos não usa herbicida em áreas urbanas; em 2019, a Anvisa proibiu o uso de capina química. O serviço de capinação e raspação é manual, seguindo a programação por bairros", informou.
Em relação ao cronograma de capinação, segundo a prefeitura, nesta segunda-feira (22) a capinação ocorre no Embaré, Vila Mathias, Bom Retiro e Morro São Bento. Na sequência, na Zona Leste, o serviço chegará ao Estuário, Aparecida, Ponta da Praia, Encruzilhada, Marapé, Campo Grande e Vila Belmiro; e na Zona Noroeste, ao Santa Maria, Caneleira, Vila São Jorge, Piratininga e São Manoel.
Em relação ao tempo em cada bairro, a Administração Municipal informa que a duração média é de 10 dias, mas o tempo pode variar por conta das condições climáticas. "A manutenção das calçadas em frente a imóveis particulares é de responsabilidade dos respectivos proprietários", diz ainda a nota.
Semáforo
Em relação ao caso citado nesta reportagem, a Seserp "informa que o serviço de livramento da sinalização semafórica no referido cruzamento está programado para iniciar na próxima semana. A programação pode sofrer variações devido a condições climáticas".