A X-9 por pouco não terminou campeã do Carnaval 2018. A escola de samba terminou com os mesmos 180 pontos da União Imperial, mas perdeu no quesito de desempate,que considerou a maior nota descartada,no caso, a da Harmonia. Para 2019, porém, o presidente da Pioneira não promete nada menos do que disputar o título novamente,o que seria a 20ª conquista da agremiação.
“Todos os anos trabalhamos pensando no título, e este ano não será diferente. Acredito que estamos muito mais preparados. Fomos felizes na escolha do nosso samba-enredo e o projeto está sendo desenvolvido à risca”, diz Benedito Andrade,o Ditinho.
A escola vai levar à Passarela do Samba Dráusio da Cruz a história de Adoniran Barbosa, considerado o pai do samba paulista, pelo trabalho como compositor e cantor. O artista, no entanto, também desempenhava seu papel como ator e humorista. Ditinho diz que dentro das condições financeiras da escola e do Carnaval regional, os envolvidos nessa festa mostram toda “capacidade de criação e superação” para oferecer ao público “um grande espetáculo”. “Conseguimos surpreender a todos pela nossa vontade de não deixar a nossa tradição (acabar)”.
Trabalho de qualidade
Não é de hoje que o Carnaval do Rio de Janeiro e de São Paulo são os principais nesse modelo, com escolas de samba e suas alegorias e, apesar da diferença econômica, o presidente da X-9 garante os ver como referência para “desenvolver um trabalho bem parecido ao dessas duas potências”. Para 2019,as escolas receberam um aumento no repasse feito pela Prefeitura, algo que é visto por Ditinho como uma reposição, pois não alcançou os valores de 2017 – passou de R$ 52 mil paraR$85mil.
“A interferência (daquestão financeira) sempre irá existir porque a matéria prima (para preparar o Carnaval) e a mão de obra estão mais caras. No entanto, a escola sabe que não pode deixar influenciar a qualidade e que a apresentação tem que ser igual ou superior à do ano anterior, principalmente uma escola com a tradição que tem a X-9”.