Ainda tímido, o comércio de Santos começa a se preparar para a Copa do Mundo 2022 com artigos relacionados ao maior evento de futebol do planeta, que começa no próximo dia 20.
Em algumas vitrines, é possível ver itens característicos da época, como camisetas, chapéus e bandeirinhas. Confiante, a comerciante Maiara Silva Gonçalves, que trabalha em uma loja do Gonzaga, diz que adquiriu itens há dois meses, pensando nas eleições (apoiadores do presidente não reeleito Jair Bolsonaro, PL, usavam camisetas da Seleção Brasileira), mas reforçou o estoque pensando nas vendas da Copa.
“Agora mesmo que vai começar, né? As pessoas estavam pensando nas eleições, agora virou a chave para a Copa. As buscas já começaram, principalmente das camisetas, bandeiras e chapéus”, afirma.
Numa loja de moda infantil, a cabeleireira Karla Ferreira, de 32 anos, e a amiga, a costureira Gislaine Almeida, de 39, pensavam na Copa. “Vamos ver alguma coisa porque é mesversário da minha filha, de 2 meses. Tem que ficar animado para essa época, né?”, entende Karla Ferreira.
A amiga acredita num clima melhor. “Depois de tanta coisa, covid-19, eleições, agora vamos ver se a gente tem alguma coisa para unir todos e comemorar”, pensa Gislaine Almeida.
A professora Edvânia Carvalho, de 38 anos, aposta na renovação da camiseta. “Uso a mesma faz duas copas e a gente perdeu. Quem sabe agora, trocando, a gente ganhe!”, comenta.
Ela também foi até o local procurar uma roupa para o filho Heitor, de 1 ano e 4 meses. “Vou comprar uma para ele e mais uma para mim”, detalha.
A técnica de enfermagem Letícia Santos, de 20 anos, também está otimista e foi ajudar a amiga. “Acho que, desta vez, vai. Melhor procurar agora do que deixar para a última hora”.
Recuperação
O comerciante João José, de 62 anos, aposta na Copa do Mundo para recuperar as vendas, que têm sido fracas. Ele tem uma barraca de roupas no mesmo local, na Avenida Ana Costa, há 15 anos. “A movimentação ainda está tímida, mas, aos poucos, as pessoas começam a procurar os produtos. Espero recuperar, porque está difícil. Teve pandemia, eleição...”, diz.
Ele aposta na venda de camisetas, item mais buscado, e também nos chapéus e lenços. “É o que o pessoal mais busca. Depois da tempestade, espero que venha a bonança”.