Daniel relembra carreira e revela amor por Santos: 'Foi onde vi o mar pela primeira vez'

Cantor fala sobre a emoção ao pisar na areia das praias santistas, futebol, pandemia, fé e família em entrevista exclusiva para ATribuna.com.br

Por: Jean Marcel  -  02/01/21  -  13:42
Cantor guarda grandes emoções ligadas à cidade de Santos
Cantor guarda grandes emoções ligadas à cidade de Santos   Foto: Vandinho Tellis/Equipe Daniel

Quando Daniel veio pela primeira vez a Santos, foi para ensaiar com um maestro, um pianista que morava na cidade, para um programa na televisão. Vieram ele e o pai, 'Seu Camillo', que o levou também para conhecer o mar. Era a primeira vez que aquele menino de Brotas, no interior do estado de São Paulo, via uma praia em sua vida.


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"Eu não sei explicar a sensação que eu tive naquele momento, de ver aquela imensidão, de ver as ondas quebrando, e de achar que a água tocaria os meus pés, mesmo estando na calçada. Aí eu não resisti, não hesitei, e fui até a areia. Coloquei os pés na água, e foi uma sensação incrível, que eu não vou esquecer jamais na minha vida. Eu tinha nove ou dez anos de idade", conta o cantor.


Outra lembrança que ele tem de Santos é de quando veio com João Paulo - com quem fazia dupla - se apresentar na cidade. Era o início da carreira, e a forma carinhosa como a multidão recebeu os sertanejos ficou gravada nos corações dos dois. "Santos, para mim, é especial em muitos aspectos", afirma.


Futebol


O futebol é outra coisa que "Seu Camillo" acabou transferindo para o filho: "Eu adoro futebol, sempre gostei. Esse reflexo veio do meu pai, que sempre praticou. Ele chegou a ter um time, na época dele. E eu, inclusive, tive o meu tmabém, um projeto incrível, o Amigos do Daniel Futebol Clube. Viajamos pelo Brasil, foram 163 jogos beneficentes com uma equipe de amigos e pessoas especiais."


Para Daniel, o time do Santos foi referência:
Para Daniel, o time do Santos foi referência: "O Santos é para mim uma bandeira, uma escola"   Foto: Vandinho Tellis

Para ele, o time do Santos foi referência: "O Santos é para mim uma bandeira, uma escola. Principalmente porque o Pelé é um dos grandes ídolos do país e do mundo. Ele é unânime, é incrível o que a imagem dele representa, o que ele construiu ao longo da carreira. Então junto com o Pelé, tem o Santos e uma longa e linda história" Daniel além de admirar, chegou a jogar ao lado de Neymar e Robinho, quando jogavam pelo Santos.


Porém, atualmente não é possível partidas de futebol, eventos, shows, e nada que aglomere pessoas devido à pandemia da Covid-19. Mas, por outro lado, o artista tem aproveitado mais o tempo com a família. "Tem sido incrível, nunca tínhamos passado tanto tempo assim juntos". Antes, com o ritmo do trabalho não era tão fácil. Agora, com as atividades mais alinhadas, ele consegue curtir bem mais: "Nós praticamos exercícios juntos, assistimos a filmes e séries, cantamos, ouvimos música, e até ajudei em atividades escolares", conta. O cantor está em casa, com a esposa Aline de Pádua, e as filhas Lara e Luiza. Dos outros parentes eles optaram por manter o distanciamento físico para protegê-los.


Mas nem tudo é só diversão para as meninas. "Se é difícil para nós, que somos adultos, compreendermos e ressignificarmos tanta coisa, imagina para elas que estão se desenvolvendo". Como pais, eles também têm procurado se adaptar à vida mais conectada e transmitir segurança: "Aline e eu conversamos muito com elas, explicamos as mudanças e a importância da família, da solidariedade, da união e do amor em situações difíceis como a que enfrentamos. Quando bate a saudade, o celular salva do aperto. O carinho deve permanecer mesmo à distância e as amizades são muito importantes em nossas vidas", afirma.


Trabalho


Para Daniel, que vive da música, o momento é delicado, mas ele usa seu talento para levar otimismo: "Tento levar alegria para as pessoas por meio da música, ser instrumento de esperança e impactar positivamente. A música e a arte têm esse poder curativo, transformador. Tenho procurado arrecadar doações para instituições e hospitais nas transmissões e lives que faço, porque precisam muito, especialmente neste momento. Também sou embaixador de organizações e frequentemente entro em campanhas para angariar recursos para quem precisa. A classe artística tem se unido ainda mais e tem encontrado formas de acrescentar na vida das pessoas e ajudar também."


Para 2021 estava planejada uma turnê com o grupo Roupa Nova, com a morte do cantor Paulinho tudo pode ser mudado ainda. Mas também há um projeto em homenagem ao "saudoso e eterno parceiro", João Paulo, e Daniel também será um dos técnicos do The Voice+. Quanto aos músicos, ele diz manter contato e contar com eles em todas as lives e eventos em que se apresenta. "Todos estão comigo há muito tempo, e sou solidário às famílias", afirma o cantor.



O cantor sempre deixa clara sua fé em seu dia a dia, e também nas apresentações. "Acredito que a fé é um dos grandes alicerces de nossas vidas. Sou devoto de Nossa Senhora Aparecida e ela é, para mim e para minha família, fonte de refúgio e também gratidão". Ele também lembra que não é só pedir, pois, "mais do que só recorrer à fé, é fundamental ser grato."


Daniel sempre demonstra sua fé nos shows e no dia a dia
Daniel sempre demonstra sua fé nos shows e no dia a dia   Foto: Vandinho Tellis

Segundo ele, se pudesse juntar todo o sentimento desse momento que a humanidade atravessa por meio de algum tipo de música, certamente seria alguma que falaria de esperança, da certeza de dias mais felizes lá na frente. "Não sou compositor, mas sou feliz e grato por ter nascido com o dom de poder cantar, porque eu sei que em algum momento a minha música vai fazer a diferença na vida de alguém. E tem feito. É isso que me move, que me dá forças para eu seguir com minha missão. Saber que a missão que Deus me deu, eu estou cumprindo da melhor maneira possível: ser um condutor de energia positiva e de coisas boas por meio do meu talento".


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