A Câmara de Santos aprovou nesta segunda-feira (11), em 1ª discussão, o reajuste salarial de 3,9% para servidores públicos e funcionários comissionados da Prefeitura e da Casa Legislativa. A sessão ordinária do Legislativo teve início às 18h. Parte da base realizou um ato regimental para esvaziar o plenário e adiantar a ordem do dia, que normalmente começa às 20h.
Além do reajuste salarial de 3,9%, a proposta prevê auxílio-alimentação no valor de R$ 456,94 para os funcionários que trabalham entre 30 horas até 40 horas semanais e 50% desse valor para os que trabalham entre 20 horas e inferior a 30 horas. Já a cesta básica teve o valor fixado em R$ 294,00.
Telma de Souza (PT) chegou a sondar a retirada do projeto da pauta para maior discussão com a categoria, mas a votação prosseguiu. A líder da oposição comentou que havia o pedido do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Santos (Sindserv) para que a proposta fosse rejeitada se não houve a negociação, mas a sigla da estrela vermelha optou por votar favorável, em primeira discussão.
"A receita corrente líquida chegou, neste ano, a quase R$ 2,5 bi e foi quase 15% maior em relação a 2017. Mas houve 30% de aumento no IPTU, no ISS e no IPTU do Porto. Aumento também no preço das passagens. Seria muito interessante que, além da inflação, a Prefeitura pudesse fazer uma outra contribuição para que os servidores tivessem um melhor salário e uma reposição realmente acima da inflação", ponderou Telma.
A proposta foi rejeitada pelo Sindserv, porém, aprovada pelo Sindicato dos Servidores Estatutários Municipais de Santos (Sindest).
Apenas Fabrício Cardoso (PSB) se posicionou contrário aos projetos que tratam dos reajustes dos servidores do Executivo e do Legislativo santista. Na visão do parlamentar, o "aumento é pífio, tendo em vista que poderia ter sido dado um aumento muito melhor". Telma de Souza deu razão ao edil e pediu por uma discussão aprofundada sobre o tema em segunda discussão.
Os vencimentos do prefeito, vice-prefeito e secretários também serão reajustados. O chefe do Executivo deixa de receber R$ 23.897,33 para receber R$ 24,8 mil. O vice-prefeito aumenta os vencimentos de R$ 11.948,66 para R$ 12,4 mil. Já os secretários passam a receber R$ 20,7 mil ao invés de R$ 20.349,59.
O vice-prefeito Sandoval Soares (sem partido) abriu mão do salário de vice-prefeito para receber o vencimento como secretário de Assuntos Portuários, Indústria e Comércio, cargo que também possui.
O projeto ainda deve ser aprovado em segunda discussão, na sessão desta quinta-feira (14), antes de seguir para sanção do prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB).
