Confira os destaques do desfile do Grupo Especial do Carnaval de Santos

Oito escolas de samba se apresentaram na Passarela Dráusio da Cruz, na noite de sábado (23) e madrugada de domingo (24)

Por: Verônica Sampaio & Marcela Ferreira & De A Tribuna On-line &  -  24/02/19  -  09:37
Veja detalhes da noite de desfiles de escolas de samba do Carnaval de Santos 2019
Veja detalhes da noite de desfiles de escolas de samba do Carnaval de Santos 2019   Foto: Vanessa C. Rodrigues/AT

As oito escolas de samba do Grupo Especial se apresentaram na noite de sábado (23) e madrugada deste domingo (24), no último dia do Carnaval de Santos 2019. As agremiações agitaram o público na Passarela Dráusio da Cruz, trazendo emoção e muito samba ao espetáculo. A apuração oficial, quando será conhecida a escola campeã, ocorrerá na próxima terça-feira (26).


O aumento no repasse de verbas às escolas foi um ponto comemorado por todos, pois interferiu na “qualidade visual” do que foi apresentado ao público. Nem a chuva que atingiu a Zona Noroeste da cidade no início do desfile conseguiu atrapalhar o espetáculo.


Às 19h23, a Corte Carnavalesca abriu a avenida para receber as escolas de samba de Santos e região com muita animação. As arquibancadas começaram a encher a partir das 22h.


Mocidade


A Mocidade Dependente do Samba abriu o desfile do Grupo Especial. A agremiação trouxe o enredo “A encantaria de Dom Sebastião nas dunas de Upaon-Açu”, homenageando o rei mais jovem que Portugal já teve. A escola, que no Carnaval de 2018 se consagrou campeã do Grupo de Acesso, voltou para o Especial neste ano, em busca de seu primeiro título na categoria.


Carro abre-alas da Mocidade teve como tema o deus romano Netuno
Carro abre-alas da Mocidade teve como tema o deus romano Netuno   Foto: Verônica Sampaio/AT

 


Desfilando as cores azul, amarelo e branco, a Mocidade entrou na Avenida com 11 minutos de atraso, às 20h11, sob chuva, e se apresentou durante 49 minutos, com 850 componentes e 12 alas. O carro abre-alas contou com uma homenagem ao deus romano que representa o mar, Netuno.



Vila Mathias


A Vila Mathias foi a segunda a se apresentar. O enredo da escola esse ano foi “ A Vila canta Mandela… O caminho da liberdade”, em homenagem ao líder e representante de diversas causas sociais Nelson Mandela. A escola também trouxe à avenida as cores amarela, azul e branca, elementos de raízes africanas e um grande leão no carro abre-alas.


Vila Mathias levou deficientes físicos para desfilar na avenida com proposta de inclusão social
Vila Mathias levou deficientes físicos para desfilar na avenida com proposta de inclusão social   Foto: Vanessa C. Rodrigues/AT



Com 1.200 componentes e 14 alas, a agremiação atrasou 12 minutos e desfilou por 54 minutos. Com enredo sobre igualdade racial, a escola também trouxe inclusão à avenida. Com uma intérprete de Libras traduzindo o enredo em tempo real, a Vila Mathias inovou neste carnaval trazendo, também, pessoas com deficiências para desfilar.

Amazonense


Terceira escola a se apresentar no Carnaval de Santos 2019, a Amazonense trouxe para a avenida o enredo “Guarujá - Guaru-ya, Viagem a Ilha do Sol… A verdadeira pérola do Atlântico”, homenageando sua cidade de origem, Guarujá, sendo a única escola do município a se apresentar. A agremiação também se apresentou com uma intérprete de Libras, que traduziu o enredo.


Amazonense homenageou flora e fauna de Guarujá, cidade da escola de samba
Amazonense homenageou flora e fauna de Guarujá, cidade da escola de samba   Foto: Vanessa C. Rodrigues/AT



Apesar de estar a postos desde o início da contagem do cronômetro, a Mocidade Amazonense atrasou oito minutos. A escola desfilou de verde e branco, contou com 17 alas e 1.200 componentes e tomou a avenida durante 52 minutos. Os carros alegóricos homenagearam a natureza presente na cidade de Guarujá. A escola também homenageou os surfistas, com a presença de Rodrigo Koxa, recordista de ondas gigantes que é do município.

União Imperial


Campeã do Carnaval 2018, a União Imperial foi a quarta escola a entrar na avenida. Com o enredo “Respeitável Público, o Picadeiro É Verde e Rosa? É sim, Senhor!”, a agremiação homenageou uma arte popular no Brasil, o circo. Trazendo um enredo diferente e mais ousado, com críticas políticas e sociais, a escola usou as cores verde, rosa e dourada e desfilou durante 52 minutos, com atraso de apenas dois minutos.


Scheila Carvalho desfilou pela União Imperial. Escola de samba teve enredo sobre o circo
Scheila Carvalho desfilou pela União Imperial. Escola de samba teve enredo sobre o circo   Foto: Vanessa C. Rodrigues/AT



A agremiação contou com 1.400 componentes, 16 alas e 3 carros alegóricos. Um dos diferenciais da escola foi um drone em formato de águia que anunciou a entrada da União Imperial na avenida. Com elementos circenses, apresentações e adereços típicos, a escola chegou a distribuir pipoca, para o público ter a experiência completa do circo. O ator e circense Marcos Frota desfilou como destaque, além da dançarina Scheila Carvalho, que foi madrinha de bateria da escola.

X-9


Grande campeã do carnaval santista, a X-9, foi a quinta escola a entrar na Passarela Dráusio da Cruz. A pioneira desfilou durante 53 minutos, tendo entrado com sete minutos de atraso. O enredo esse ano foi “Adoniran Barbosa em: Crônicas da vida – Resiste o Samba; Renasce o artista”, ilustrando a história de Adoniran Barbosa, considerado o pai do samba paulista pelo trabalho como compositor e cantor.


X-9 homenageou Adoniran Barbosa com fantasias, enredo e carros alegóricos temáticos das composições do músico
X-9 homenageou Adoniran Barbosa com fantasias, enredo e carros alegóricos temáticos das composições do músico   Foto: Vanessa C. Rodrigues/AT



Uma das alas homenageou o time de futebol Corinthians, que tinha Adoniran Barbosa entre seus torcedores. Diversas temáticas de composições do músico também foram homenageadas em fantasias, como “Tiro ao Álvaro”, “As Mariposa” e “Trem das Onze”. Bairros da cidade de São Paulo também foram destacados na apresentação. Com 1.800 componentes e 15 alas, a escola desfilou as cores verde, vermelha e branca.

Unidos dos Morros


A sexta escola a entrar na avenida foi a Unidos dos Morros, com o seu samba enredo “Da Ilha de lá, ao Morro de cá. Aroldo Melodia, a voz que faz o povo sonhar”, homenageando um dos grandes intérpretes do samba-enredo. Aroldo cantou durante 36 anos na União da Ilha do Governador, no Rio de Janeiro, e colocou a escola entre as grandes. Ele ficou imortalizado por sambas como “O Amanhã” e “É hoje”.


Unidos dos Morros prestou homenagem a Aroldo Melodia, com carros alegóricos de barco, cigana e bar
Unidos dos Morros prestou homenagem a Aroldo Melodia, com carros alegóricos de barco, cigana e bar   Foto: Vanessa C. Rodrigues/AT



Desfilando as cores azul, verde e branca, a escola contou com 1.500 componentes, 16 alas e três carros alegóricos. A agremiação desfilou durante 51 minutos, mostrando temáticas a respeito de religiões afro-brasileiras, misticismo e magia, temas presentes nas músicas do homenageado. O desfile começou com apenas um minuto de atraso.

Sangue Jovem


A Sangue Jovem foi a penúltima escola a passar pela Passarela Dráusio da Cruz, entrando com três minutos de atraso. A agremiação trouxe o enredo “Dos olhos do menino o Fruto Guaraná”, homenagem ao guaraná, fruta típica da Amazônia, que se tornou comum na mesa dos brasileiros, seja nos refrigerantes ou como acompanhamento do açaí.


Lenda indígena do guaraná foi tema de alegoria da Sangue Jovem
Lenda indígena do guaraná foi tema de alegoria da Sangue Jovem   Foto: Vanessa C. Rodrigues/AT



A escola desfilou com as cores preta, branca e dourada, e trouxe 1.100 componentes, 12 alas e três carros alegóricos para a avenida. A apresentação, com a presença de indígenas, durou 51 minutos, fazendo alusão à cultura da região Norte do Brasil. A Rainha de Bateria da Sangue Jovem não compareceu ao desfile. Já Débora, grávida de nove meses, integrou a bateria.

Real Mocidade


A última escola a entrar na passarela foi a Real Mocidade. A agremiação trouxe o enredo “Real 'mbanda - 110 anos trilhando o caminho da cura”, uma homenagem ao surgimento da religião 100% brasileira, a umbanda. A escola buscou levar uma mensagem de paz e tolerância à avenida.


Com enredo sobre a umbanda, a Real Mocidade apresentou um diálogo de tolerância no sambódromo
Com enredo sobre a umbanda, a Real Mocidade apresentou um diálogo de tolerância no sambódromo   Foto: Vanessa C. Rodrigues/AT


Com a presença do idealizador da Ação do Coração, Alexandre Camilo, na comissão de frente, a escola de samba entrou na avenida entoando um enredo que prega a tolerância, amor e bênçãos. Outra presença que marcou o desfile da Real Mocidade foi a da repórter da TV Tribuna, Solange Freitas, que fez parte de uma das alas do desfile. Desfilando as cores azul, verde e branca, a Real Mocidade contou com 1.400 componentes e 14 alas. A escola desfilou por 55 minutos, com cinco de atraso.


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