Carmelita: alunos ficam na escola

Secretária de Educação de Santos afirma que as 67 crianças com deficiência não serão redistribuídas

Por: Maurício Martins & Da Redação &  -  17/04/19  -  19:09
Secretária volta atrás e diz que alunos da escola não serão redistribuídos
Secretária volta atrás e diz que alunos da escola não serão redistribuídos   Foto: Irandy Ribas

As 67 crianças com deficiência que estudam na Unidade Municipal de Ensino (UME) Maria Carmelita Proost Villaça, na Ponta da Praia, em Santos, não serão redistribuídas para escolas regulares. A afirmação foi feita pela secretária municipal de Educação, Cristina Barletta, ontem à noite, em audiência pública na Câmara de Santos.


A fala da secretária contradiz o que ela disse em entrevista gravada para A Tribuna, no mês passado, na qual garantiu que todos os alunos que apresentam hoje algum quadro especial passariam a ser atendidos nas escolas regulares.


Na audiência convocada pela vereadora Audrey Kleys (PP), porém, Cristina disse que a Reportagem escreveu “coisa que ela não falou” e que está emprocesso de escuta, sem nenhuma proposta fechada. A secretária foi além, disse que a escola tem capacidade para receber até 300 estudantes.


“Eu tenho a proposta de melhorar os atendimentos”, afirmou, ressaltando que “nunca foi proposto o fechamento da escola”.


À Reportagem, no mês passado, a secretária afirmou que a política de atendimento a essas crianças em uma escola exclusiva não é mais bem aceita pelos pais que fazem parte do Conselho de Educação Inclusiva. E que a legislação aponta para um atendimento em escolas de ensino regular e nas entidades subvencionadas.


Período Integral


A secretária disse ainda que, se a mudança fosse efetivada, a UME Dom Pedro II, também na Ponta da Praia, e a Carmelita seriam transformadas em escolas de período integral. Na primeira, ficariam os estudantes do Ensino Fundamental II (6º ao 9º anos).


Os do Ensino Fundamental I (1º ao 5º anos seriam transferidos para o prédio da Carmelita).


Pais de alunos criaram um grupo no WhatsApp e prometeram acionar o Ministério Público.


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