15 mil prestam homenagens aos entes queridos nos cemitérios de Santos

Idosos eram maioria; muitos levaram flores, mas outros foram para orar ou apenas relembrar

Por: Sheila Almeida  -  03/11/18  -  12:45
  Foto: Nirley Sena/AT

"Não é um dia triste, nem feliz. O Dia de Finados é um dia de saudade", definiu Mílvia de Angelis,
de 80 anos, aposentada que esteve nesta sexta-feira (2) no Cemitério do Paquetá, em Santos, assim como fizeram cerca de 15 mil nos três equipamentos municipais da Cidade, segundo estimativa da Prefeitura. Todos, para fazer o mesmo: uma oração, acender uma vela, deixar flores ou mesmo relembrar dos entes queridos no local onde foram sepultados.


Idosos


Os idosos eram maioria nas visitas, sozinhos ou com as famílias, deixando os cemitérios mais floridos e movimentados.


Segundo Mílvia, talvez o jovens não tenham o mesmo sentimento para alimentar a tradição. Não por ainda não terem perdido muitos entes queridos, mas por uma mudança de hábitos e tradição.


"Eu, por exemplo, tenho meus pais e meu irmão aqui. Sinto que eles ficariam abandonados se eu não viesse. É uma coisa minha, mas essa é a impressão que fica. Não me sinto bem se nãovier", diz.


Páscoa


Já o artista plástico Nelson Luiz Cintra, de 57 anos, mantém a tradição de visitas para celebrar a Páscoa, no sentido da origem da palavra. Ela vem do termo em hebraico pesach, cujo sentido simbólico é de "passagem".


"Páscoa significa passagem dessa vida material para a espiritual, que é a mais importante – a vida definitiva dos nossos entes queridos, familiares, amigos", conta ele, que também ressaltou outro motivo de alguns cemitérios atraírem mais gente no Dia de Finados.


"Outra coisa boa é relembrar também as figuras ilustres enterradas aqui, como Benedicto Calixto, Mário Covas, personalidades importantes na arte, na política. Por isso, neste dia tem tantas flores simbolizando algo bonito, em homenagem, lembrança, presente e festa a quem acredita na ressurreição", diz.


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