Projeto gera renda e leva máscaras a quem precisa na Baixada Santista

Sesc Santos planeja doar mais de 700 máscaras para a população da região até o final deste mês

Por: Rosana Rife  -  13/09/20  -  11:30
Organização Mundial de Saúde recomenda utilização de máscaras para evitar disseminação da covid-19
Organização Mundial de Saúde recomenda utilização de máscaras para evitar disseminação da covid-19   Foto: Divulgação

O Sesc Santos planeja doar mais de 700 máscaras para a população da região até o final deste mês. A distribuição do acessório de proteção facial faz parte do projeto Tecido Solidário, uma ação que surgiu por conta da pandemia do novo coronavírus e promove trabalho comunitário, geração de renda e educação em saúde.


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“Com o fechamento das unidades do Sesc (entre março e agosto) e a interrupção do atendimento para o público, a gente começou a pensar em maneiras de adequar a atuação da entidade nesse contexto da covid-19. Esse movimento abrangeu todas as unidades”, conta o agente de educação ambiental do Sesc, Gustavo Faria.


Na prática


A ideia começou a ser colocada em prática no mês de abril, quando teve início a mobilização de associações, entidades, pequenos comércios e grupos que trabalham com costura em toda a Baixada Santista.


“De início, fizemos parceria com dois grupos, sendo um de Santos e outro de Peruíbe. E eles fabricaram 1.000 máscaras para a gente nesse primeiro lote. Parte foi distribuída para aldeias indígenas em Peruíbe e Itanhaém”, explica Faria.


Funcionários do Sesc Santos também se juntaram à mobilização para pôr a mão na massa, produzindo cerca de 1.000 acessórios, acrescenta a técnica de programação do Sesc, Mariana Fessel.


“A gente fez um convite aos funcionários que se interessassem em fazer a costura das máscaras. A partir daí, dez colaboradores se dispuseram a produzir os acessórios, que foram destinados a entidades e movimentos como Associação dos Cortiços do Centro de Santos e Movimento Mães de Maio. Também foram entregues máscaras para os próprios funcionários do Sesc, já que a unidade agora está reabrindo”, resume Mariana.


Nova etapa


As máscaras, nessa nova etapa, serão confeccionadas pela Associação Sociocultural e Educacional Zabelê, de Cubatão. Criada há 11 anos, a entidade atua com jovens e moradores da Vila dos Pescadores. Um dos projetos desenvolvidos por eles está relacionado ao empreendedorismo e tem a produção direcionada ao vestuário, utilizando tecidos africanos.


Com a pandemia, houve uma mudança de direção nos trabalhos devido à demanda do mercado por máscaras caseiras, explica a coordenadora de projetos da Associação Zabelê, Juliana Clabunde.


“Temos aqui um projeto de empreendedorismo solidário, então a confecção das peças gera retorno para as mães dos nossos atendidos e acaba qualificando aqueles que se envolvem e vão aprendendo no auxílio”.


Em casa


Por enquanto, são 12 costureiras envolvidas na fabricação dos acessórios. A produção tem sido feita em casa, devido ao isolamento social. “Cada costureira acaba envolvendo um jovem de sua família no corte, no alinhavo. Então, o projeto, como um todo, envolve de 30 a 35 pessoas”, encerra Juliana.


Face Shield


O Sesc também participade outra ação chamadaFace Shield Baixada Santista. A iniciativa é do movimentoSantos Hacker Clube,explica a técnica de programação do Sesc, Mariana Fessel.“A gente compõe um nó deuma rede muito maior. O Santos Hacker Club é uma iniciativa cidadã,autônoma e independente de pessoas que trabalhamcom fabricação digital”.Eles produzem o protetor derosto em impressora 3D, desde março, e destinam o acessório para profissionais da saúde.


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