Primeiras horas de lockdown na Baixada Santista têm ônibus municipais menos lotados e ruas vazias

As poucas pessoas que cruzavam as vias estavam indo para o trabalho

Por: Rosana Rife  -  23/03/21  -  10:10
Av. Presidente Wilson com pouco movimento nesta terça-feira (23)
Av. Presidente Wilson com pouco movimento nesta terça-feira (23)   Foto: Carlos Nogueira/AT

No primeiro dia de lockdown, por volta das 6 da manhã, as ruas e avenidas de Santos amanheceram praticamente vazias. As poucas pessoas que cruzavam as vias estavam indo para o trabalho. Algumas praticando atividade física nas ciclovias.


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Na Orla, a maior parte dos ônibus intermunicipais circula sem lotação máxima. Os passageiros vem sentados. Alguns vem mais cheios, com algumas pessoas em pé.Na ciclovia, o movimento é intenso no sentido São Vicente-Santos.


Em São Vicente, a Avenida Presidente Wilson também estava bem diferente dos dias normais. Com poucas pessoas nos pontos de ônibus. O ponto localizado no cruzamento das ruas Padre Anchieta com João Ramalho, que costuma estar cheio por volta das 6h30, havia três pessoas.


Enfermeira Márcia Leite trabalha em São Paulo e estava a caminho de uma entrevista de emprego
Enfermeira Márcia Leite trabalha em São Paulo e estava a caminho de uma entrevista de emprego   Foto: Carlos Nogueira/AT

Uma delas é a enfermeira Márcia Leite, 44 anos, que estava a caminho de uma entrevista de emprego em Santos e aguardava o circular 2. Ela trabalha em um hospital na Zona Leste de São Paulo, na ala para atendimento Covid-19, e sobe a serra todos os dias.


"Quero trabalhar aqui, é melhor que ir para São Paulo todo dia. A situação lá também está bem complicada com 100 por cento de ocupação nos hospitais", conta a enfermeira.


O ônibus da profissional de saúde passou cinco minutos após a conversa com a reportagem de ATribuna.com.br e ela pôde escolher o lugar para sentar, porque estava vazio.


O auxiliar de limpeza Valdiran Ferreira Damasceno, 45 anos, saiu da Área Continental em direção ao trabalho no Centro de São Vicente, e conta que o coletivo também estava mais tranquilo que nos demais dias. "Nesse horário, já vem lotado. Mas hoje estava bem mais vazio".


Na Zona Noroeste, em Santos, quem precisou de transporte público logo cedo não teve problema. A doméstica Josineide Pereira Ventura, 45 anos, mora no Rádio Clube e trabalha no Marapé. Ela conta que, desde o início da pandemia, o ponto de ônibus, na Rua Vereador Álvaro Guimarães, já tem ficado menos cheio. "Mas hoje está bem vazio. Achei que teria muita gente por conta do horário reduzido. Mas me enganei. Quero ver à tarde na hora de voltar do trabalho".


Moradores da ZN se surpreenderam com ônibus vazios
Moradores da ZN se surpreenderam com ônibus vazios   Foto: Carlos Nogueira/AT

Mariana Oliveira, 32 anos, é secretário em um consultório médico, e também esperava por uma situação complicado no transporte público. "Vim preocupada. Mas me surpreendi. Está bem tranquilo".


Acostumada a ver os circulares 154 e 155 lotados, a vendedora Letícia Oliveira, 25 anos, também ficou surpresa com os coletivos passando em quantidade e vazios. "É difícil ver uma cena assim".


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