Bebê engasgado é salvo por policiais em Praia Grande: 'Mais 10 segundos e não suportaria'
Emanuel Felipe Oliveira, de 17 dias, já estava desfalecido após tomar leite materno
Atualizado em 27/10/21 - 07:48
Com apenas 17 dias de vida, o pequeno Emanuel Felipe Oliveira Barbosa da Silva deu um tremendo susto em toda a família ao se engasgar, na noite desta segunda-feira (24), em Praia Grande. No caminho a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), o bebê foi salvo por policiais militares que faziam ronda na região. “Foi Deus quem os colocou em nosso caminho”, resume o pai da criança, o empreiteiro Emanuel Gildesone Barbosa da Silva, de 42 anos.
Em entrevista para A Tribuna, Gildesone relata que o bebê estava com tosse e engasgou enquanto era amamentado, no período noturno, pela mãe Dalete Correia de Oliveira Barbosa da Silva.
“A gente tentou fazer a massagem para ver se ele voltava, mas infelizmente ele começou a ficar vermelho e asfixiado”, relata o pai, que resolveu tirar o carro da garagem e procurar ajuda profissional na UPA Samambaia. “Saímos de casa desesperados”.
A unidade fica a aproximadamente dois quilômetros da casa da família. Mesmo assim, se não fosse a presença de uma viatura da Polícia Militar no trajeto, a criança possivelmente não resistiria.
“Eles (policiais) falaram que não daria tempo da gente chegar na UPA. Mais 10 segundos e não suportaria, pois teria aquela questão de oxigenação do cérebro”.
O empreiteiro explica que encontrou os policiais após percorrer cerca de 700 metros de carro. A viatura estava do lado contrário da pista, mas a família pediu ajuda acionando a buzina, acenando e ligando o farol alto.
“Meu bebê estava roxo e todo mole”, explica o pai, dizendo que o atendimento aconteceu ainda na rua, quando um dos policiais pegou o bebê do colo da mãe e iniciou o procedimento. Na primeira tentativa, Emanuel Felipe continuou desfalecido, porém o bebê expressou reação na segunda massagem realizada pelo policial e voltou a respirar na terceira tentativa, quando começou a retomar os sentidos.
“Estavam nesse atendimento o cabo Valdinei e o soldado Samir. Foram supereducados. Estou sem palavras para descrever a atitude deles, muito profissionais”, enfatiza Gildesone, afirmando que, além de atender o bebê, os policiais também deram atenção na parte emocional e psicológica da família – que estava chorando - por cerca de 30 minutos para confirmar que todos estavam bem.
Em nota, o 45º Batalhão da Polícia Militar do Interior (BPM/I) de Praia Grande afirmou que o menino foi encontrado com “sinais de sofrimento, roxo, sem conseguir respirar e desfalecido”. Foi atendido pela equipe policial, que realizou manobras de Heimlich (técnica de primeiros socorros).
Sentimentos
Pais de outros dois filhos, de 10 e 18 anos, Emanuel Gildesone relata que ele e a esposa nunca tinham passado por situação parecida com os primogênitos. O resgate do caçula, portanto, foi emocionante para toda família, incluindo os irmãos do bebê.
“Ele tem 17 dias de nascido, a gente não quer perder o filho jamais, nem na barriga da mãe, imagina depois. Foi uma grande sensação de alívio”, finaliza.
