Para infectologistas da região, ainda está longe do ideal o momento de reabrir diversos setores. Segundo o infectologista Evaldo Stanislau, que atua no Hospital das Clínicas, sempre haverá o dilema entre abrir a economia e reduzir a circulação de pessoas e do vírus.
Para o médico, “o indicador de mortes não é o melhor, porque tem atraso. Poderíamos ver a taxa de circulação do vírus, sendo que a última, entre 7 e 14 de abril, em Santos, ainda era de expansão, e isso me preocupa. Tem ainda a taxa de ocupação de leitos e a de demanda por eles, e nisso houve desaceleração”.
Stanislau pensa que, com a retomada, haverá novos casos. “Se os números piorarem, voltaremos para a situação anterior, e, na minha opinião, voltaremos”.
Para evitar retroceder, seriam necessários controle rigoroso de indicadores, testagem em massa e mais vacinados, defende o também diretor da Sociedade Paulista de Infectologia.
O infectologista Marcos Caseiro julga a reabertura “completamente equivocada”. “Os hospitais particulares estão completamente lotados. Ficaremos nessa de abrir tudo e aumentar casos, e aí se fecha tudo para tentar uma nova redução”.
A Baixada confirmou sete mortes (quatro em São Vicente e três em Praia Grande) e 195 casos em 24h. Ao todo, na região, 121.274 doentes e 4.255 mortos.
Imunização
Santos antecipou para este domingo (18) o início da vacinação contra covid-19 de idosos de 65 e 66 anos. Haverá 31 locais.
Também ocorrerá segunda dose de CoronaVac para idosos com 69 anos ou mais vacinados até 29 de março.
Nos mesmos postos, serão imunizados contra gripe profissionais de saúde, gestantes e mulheres que deram à luz nos últimos 45 dias. Crianças maiores de 6 meses e menores de 6 anos só nas policlínicas.