Hoteis da Baixada Santista comemoram liberação e aguardam por turistas

Apesar de o serviço sempre ter sido considerado essencial pelo Estado, cidades da região vetaram atendimento para evitar a disseminação do novo coronavírus

Por: Matheus Müller  -  15/07/20  -  14:23
Liberação vai de 30% a 40% dos leitos
Liberação vai de 30% a 40% dos leitos   Foto: Vanessa Rodrigues/AT

Hotéis e pousadas da Baixada Santista já estão autorizados a receber turistas para hospedagem a lazer. Com a região na fase amarela do Plano São Paulo, que rege a retomada econômica do Estado, a liberação varia de 30% a 40% da capacidade dos estabelecimentos.


A medida foi comemorada pelo presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares da Baixada Santista (SinHoRes), Heitor Gonzalez. Na região, segundo ele, há 32 mil leitos, e de 10 mil a 12 mil estarão disponíveis com a flexibilização.


Apesar de o serviço sempre ter sido considerado essencial pelo Governo do Estado, os prefeitos da Baixada Santista mantinham a proibição no atendimento para evitar a disseminação do novo coronavírus.


Na última segunda-feira (13), a Prefeitura de Santos publicou um decreto com a autorização de 40% e com exigências de protocolos de segurança e higiene. Juntamente a Guarujá, que já adota a medida desde sábado passado, com 30%, são os municípios com mais ofertas no segmento.


“A expectativa é boa porque há hotéis e pousadas que acham que vão funcionar nesses 30% a 40% de ocupação (estabelecido por município). É algo muito benéfico nesse momento, já que os hotéis estão vivendo durante quatro meses com receita zero”, diz Gonzalez, que afirma haver demanda por hospedagem de lazer.


Com cautela


“Já existia um pouco de procura. Existe um desgaste grande de ficar em São Paulo. Só de a pessoa poder vir ao Litoral para andar de bicicleta ou caminhar na praia já é um atrativo bem legal”,considera.


Ainda assim, o presidente do Sinhores destaca que entre 20% e 30% das pousadas vão optar por manter as portas fechadas. “Entendem que não é o momento correto (para a abertura) pretendem esperar um pouco mais, um ou dois meses.”


Bares e restaurantes


Ele acrescenta que a abertura parcial de bares e restaurantes vai contribuir muito para os hotéis. “A limitação maior se daria pelos restaurantes estarem fechados. É difícil visitar uma cidade, se hospedar nela e dar uma volta sem poder ir a um restaurante. A abertura deles vai fortificar, sem dúvida (a atividade turística)”. 


No final de semana, em Guarujá, Gonzalez informa que entre 80% e 90% dos restaurantes abriram as portas. “A resposta do público foi muito boa. Diria que muitos restaurantes estiveram lotados, dentro do limite de 40% e da nova normalidade.” 


Ele ressalta que todas as medidas de segurança e higiene foram cumpridas. “Foram muitos elogios à segurança e protocolos implantados, com máscaras, proteção facial, aferição de temperatura, álcool gel, mesas sem toalha. Foi bastante satisfatória a experiência”, julga Heitor Gonzalez.


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