A Infraero e a Prefeitura de Guarujá firmaram um contrato de gestão e operação para o Aeródromo Civil Metropolitano de Guarujá. A empresa pública irá assumir as operações pelo período de um ano, e irá iniciar os trâmites para o registro do equipamento na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e o recapeamento da pista, que possui 1.390 metros de extensão.
A concorrência pública 05/2019 pela concessão da construção foi revogada, com o anúncio da nova decisão. A concessão prevê a exploração e manutenção do equipamento, que fica na Base Aérea de Santos, em Vicente de Carvalho. O despacho de revogação foi publicado na edição desta sexta-feira (29) do Diário Oficial do Município.
Agora, o aeroporto de Guarujá fica sob controle do município, que recebeu a outorga de área na Base Aérea em abril de 2019. Já a gestão e operação ficam aos cuidados da Infraero, que funcionará como uma prestadora de serviços.
A primeira fase dos trabalhos será viabilizada para a operação de jatos particulares e voos executivos após a recuperação e homologação da pista, que tem previsão de seis meses para ser finalizada.
A segunda fase consiste na execução de projetos da Infraero para que voos comerciais sejam realizados no aeroporto de Guarujá, além da construção de novas estruturas como terminal de passageiros e hangares.
A Infraero já havia demonstrado interesse no projeto desde o começo deste ano, fazendo contato com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Portuário (Sedep), mesmo com a concorrência pública ainda estando vigente, de acordo com a prefeitura.
Pós-pandemia
Atualmente, a empresa administra 55 aeroportos em todo o Brasil. São mais de 100 milhões de passageiros transportados ao ano, representando cerca de 60% do movimento aéreo no País.
“A Infraero tem know how (conhecimento) e excelência no ramo aeroportuário e essa expertise será crucial para tirar o nosso aeródromo do papel com a rapidez necessária”, destaca o prefeito Válter Suman. Ele ainda afirma que o aeródromo de Guarujá como um dos pilares para a retomada econômica de Guarujá pós-pandemia com o fomento ao turismo.
Titular da Sedep, Rogério Rudge Lima Neto avalia como ideal o novo rumo no projeto do aeródromo de Guarujá. “No formato anterior, já havia o entrave da crise econômica nacional, o que já estava atrapalhando. Tudo, porém, acabou sendo abalroado pelas consequências da pandemia, que atingiu em cheio a iniciativa privada e, por consequência o setor público, também”.