Família de Guarujá pede ajuda para trazer cães do Pará: 'São parte da família'

Após 15 anos em campo missionário, família quer passar ano sabático na cidade natal, porém, custos para transportar o casal de pitbull chegam a R$ 7 mil

Por: Ágata Luz  -  15/01/21  -  18:52
De acordo com família, cães são mansos e dóceis
De acordo com família, cães são mansos e dóceis   Foto: Arquivo Pessoal

Há 15 anos em campo missionário, um casal de Guarujá pede ajuda para retornar à cidade natal com família completa: incluindo os dois cães. Patrícia Teodoro Leopoldino de Melo,Marcos Silva Ferreira de Meloe seus dois filhos estão emAfuá, no arquipélogo do Marajó, no Pará.


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Em ano sabático, eles irão voltar para Guarujá, porém, não conseguem arcar com os custos para trazer seus cães, o casal de pitbulls Max e Maya, que devem ser transportados de forma terrestre. Então, a família criou uma vaquinha virtual para reunir o dinheiro necessário do transporte que inclui 24 horas de navio e três dias e duas noites de carro.Para ajudar,clique aqui.


Em ano de descanso, Patrícia Teodoro e os filhos tiveram as passagens para o Guarujá compradas pela igreja para esta sexta-feira (15). Porém, Marcos Silva ficará no Pará para cuidar dos cachorros. Xodós da família que os adotou logo quando nasceram, há um ano e 8 meses, Max e Maya são mansos, dóceis e nunca morderam ou estranharam ninguém.


"Como nem todo mundo entende esse amor que as pessoas podem sentir pelos animais, eles falam para doarmos nossos cachorros, mas eles são parte da nossa família", destacou a missionária.


Max (à esquerda) e Maya (à direita) estão com família desde que nasceram
Max (à esquerda) e Maya (à direita) estão com família desde que nasceram   Foto: à esquerda

Trajeto


Para sair de Afuá, são quatro horas de barco até Macapá. De lá, só se sai de avião ou navio, que demora 24 horas para Belém. Para transportar os cachorros, a família pesquisou alternativas aéreas, porém as companhias não fazem voos com cãesbraquicefálicos (focinho curto), como os cachorros da raçaPitbull. De acordo com empresas, há risco de morte devido a problemas respiratórios. Somente a LATAM realiza o transporte, porém, por conta da pandemia de covid-19, serviço está suspenso.


"A única alternativa é meu esposo ir de navio por 24 horas até Belém e de lá, pegar transporte terrestre que são três dias e duas noites de viagem", explica Patrícia. Porém, Marcos não pode alugar um carro e dirigir, pois sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH) está em Guarujá e vencida há dois anos. O missionário pretende colocar os documentos em dia assim que chegar no litoral paulista.


Desta forma, a família encontrou a solução em uma empresa que realiza o transporte dos animais por R$ 9.500,00. Com o alto valor, eles receberam a sugestão de fazer a vaquinha virtual. "Noinício confesso que fiqueicom um pouco de vergonha, mas decidimos fazer. Escrevemos um resumo e colocamos o valor de10 mil por conta da passagem de navio", relata a missionária.


Com a repercussão da história, surgiu a oportunidade de outra pessoa fazer o transporte: ela iria do Guarujá de carro para o Pará, onde pegaria os cachorros e retornaria até Guarujá junto a Marcos. Para esta opção, o transporte custará R$ 7 mil, com 50% do valor sendo pago antes da viagem e o restante após a chegada no litoral paulista.


A família já tem R$ 4.100. Isso porque vaquinha online está com R$ 2.380,00 e como Patrícia também oferece a opção de pagamento via Pix, as transferências pelo método alcançam R$1.720,00. "Quero ser super transparente, estou anotando todos os valores e os nomes de quem está colaborando. Além disso, irei pegar nota de tudo que gastarmos para comprovar", conclui a missionária.


Quando chegarem, os cães ficarão com a filha do casal que mora em Curitiba, pois no primeiro momento a família ficará em um apartamento em Guarujá, onde não é permitido animais.


Chegada dos cães na família


Em meio às dificuldades de conviver em culturas totalmente diferentes, a chegada do casal de cachorros trouxe aconchego para a família de missionários que saiu de Guarujá em 2006 rumo à pequenas cidades e aldeias distantes de todo o país.


"Nossos cachorros são tão especiais para gente... Saímos da nossa comunidade para viver em uma cultura totalmente diferenteda nossa, o clima muito quente, tudo é muito diferente.É difícil, então a gente começou a orar... Meus filhos queriam um cachorro,a gente queria um cachorropra suprir essa necessidade da nossa família", explica Patrícia Teodoro.


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