A Câmara de Guarujá aprovou requerimento ao governo do Estado pelo não pagamento do auxílio-aluguel à totalidade das famílias que ficaram desabrigadas pelos desabamentos ocorridos na Cidade, no último mês de março. O texto foi aprovado no encontro de sexta-feira (12) e endereçado ao governador João Doria (PSDB).
Isso porque, à época da tragédia, o governador esteve no município e anunciou o pagamento de auxílio-aluguel, de R$ 300,00, para as mais de 500 famílias que tiveram que deixar suas casas por conta do deslizamento de encostas. O repasse serviria de complemento a outros R$ 200,00, pagos pela Prefeitura, para esta mesma finalidade, durante 12 meses.
O anúncio de Doria ocorreu no dia 6 de março. Passados mais de três meses, no entanto, o vereador Ronald Nicolaci Fincatti (PSD) afirma que apenas 200 famílias têm recebido o benefício do governo estadual. "A maior parte continua sem os R$ 300,00 prometidos pelo governador. Saíram dos morros, acreditando que receberiam esse auxílio do Estado e da Prefeitura, mas só têm recebido o valor da Prefeitura", explica ele, que é autor do requerimento.
Em pronunciamento feito da tribuna da Câmara Municipal, Nicolaci questionou a conduta do chefe do executivo estadual e avisou que não há mais possibilidade de tratar o assunto com diplomacia.
O requerimento foi aprovado por unanimidade de votos e subscrito pelo demais vereadores. O documento agora seguirá ao Palácio dos Bandeirantes, que terá prazo de 15 dias (com possibilidade de prorrogação pelo mesmo período) para responder aos questionamentos.
Em nota, a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) informa o Guarujá indicou 517 famílias, sendo que 200 delas estão recebendo os benefícios acima citados regularmente; 21 estão com dados cadastrais irregulares, aguardando o saneamento por parte do município e sete foram cancelados por já terem tido atendimento habitacional anterior ou tiveram suas moradias desinterditadas.
“As demais 289 famílias começam a receber os valores dos benefícios nesta semana. Os valores serão pagos retroativos a contar da data de indicação por parte da prefeitura”, acrescenta a órgão paulista.