Uvebs cobra transparência em relação a sistema de regulação de vagas na saúde

Presidente da entidade, o vereador Betinho, de Praia Grande, pleiteia reunião com o estado para debater a situação

Por: Bruno Gutierrez & com informações de Sandro Thadeu & De A Tribuna On-Line &  -  25/01/19  -  09:12
Betinho quer que Ubevs tenha cadeira dentro do Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista
Betinho quer que Ubevs tenha cadeira dentro do Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista   Foto: Nirley Sena/AT

Alvo de críticas por parte de muitos munícipes da Baixada Santista, a Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde, conhecida como sistema Cross, está na mira da União dos Vereadores da Baixada Santista (Uvebs). Presidente da entidade, o vereador Roberto Andrade e Silva, o Betinho (MDB), de Praia Grande, garantiu que o tema será foco dos parlamentares neste biênio.


Em uma rápida análise, o emedebista destacou que, com exceção a Santos - que tem a maior parte dos serviços em saúde -, os habitantes das outras cidades da região são dependentes do sistema. Entretanto, não há uma transparência por parte do Governo do Estado de São Paulo.


"Como temos a hierarquização do sistema de saúde, então, os municípios não têm todos os serviços concentrados em seus territórios. Com exceção de Santos, que tem a maior parte dos serviços, os demais municípios dependem dessa integração. Só que é um desafio, porque quando a demanda vai para o sistema Cross, você fica sem clareza de como está a prioridade neste sistema. Quando um munícipe de Praia Grande vai para o Cross, por exemplo, não conseguimos saber como está o andamento", comentou Betinho.


O presidente diz que esse tema bate à porta dos 134 vereadores da Baixada Santista, e tem sido tratado como prioridade. A Uvebs quer que haja transparência nos critérios adotados para a regulação de vagas na saúde.


"É preciso ter uma clareza, uma transparência de quais são os critérios estabelecidos para a disponibilização das vagas. Ter um acompanhamento mais próximo disso. Saber exatamente quais são as vagas disponíveis nos hospitais da região que atendem aos municípios. Sabemos que há várias demandas na região, como segurança, economia, mobilidade. Mas, chegamos à conclusão de que, se formos buscar uma solução para todas essas questões, não vamos conseguir chegar a lugar algum", explicou o presidente da Uvebs.


A entidade quer, ao término do recesso parlamentar, ter um encontro com o secretário estadual da Saúde, José Henrique Germann Ferreira, para saber quais as propostas do Governo João Doria (PSDB) para a região na área. Entre as demandas, além do sistema Cross, estão o pleno funcionamento do Hospital Regional de Itanhaém, o funcionamento da maternidade do Hospital de Mongaguá e a possibilidade da implantação de um novo hospital em São Vicente.


Momento é de união


Na última segunda-feira (21), o vereador Ricardo Queixão (PDT-Cubatão) relatou à coluna Dia a Dia, em A Tribuna, que recebeu queixas de moradores da cidade, que foram à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Central de Santos e à Santa Casa, mas tiveram a internação negada pelo fato de morarem no município vizinho. Segundo o parlamentar, os pacientes foram orientados a retornar ao município de origem e buscar uma vaga no Hospital de Cubatão.


"Estou indignado e vou tomar as providências necessárias diante desse descaso", disse o vereador cubatense.


No ano passado, a vereadora Janaína Ballaris (PR-Praia Grande) também teve uma crítica em relação ao sistema Cross. A parlamentar chegou a entrar com uma denúncia no Ministério Público, apontando que as vagas disponibilizadas pelo estado para a Santa Casa de Santos sofriam interferência do secretário de Saúde do município, Fábio Ferraz.


Entretanto, Betinho evitou entrar em polêmica. Na visão do vereador de Praia Grande, o momento é de buscar a união para a melhora do sistema Cross.


"A questão não é uma briga no sentido de que a cidade 'A' está sendo privilegiada em detrimento da cidade 'B'. O objetivo é nós, como uma região metropolitana, agirmos em conjunto em busca de soluções. A solução é ter um hospital em São Vicente, por exemplo, para desafogar o sistema? Então, vamos buscar, somar esforços para trazer esse hospital. Uma alternativa é ampliar a capacidade do Hospital Regional de Itanhaém, que está trabalhando parcialmente? Então, vamos somar esforços. O que não se pode mais, hoje, é cada cidade olhar para o seu umbigo e esquecer a cidade vizinha. Isso não tem mais como. O cidadão é metropolitano", finalizou.


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