Sindicato dos Aposentados entra na Justiça para cobrar vacinação contra Covid-19
Exigência é que os governadores de todo o País apresentem datas concretas para a dose e critérios de imunização
O Sindicato Nacional dos Aposentados entrou na Justiça para cobrar um calendário de vacinação contra o coronavírus para os idosos. A exigência é que os governadores de todo o País apresentem datas concretas e esclareçam as dúvidas da população com relação aos critérios para a prioridade de imunização da doença.
Segundo o presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos, João Batista Inocentini, "está uma enrolação de data, que é adiada toda hora", desabafa. "Nós queremos discutir o calendário e cobrar que respeitem a prioridade".
Para ele, a preocupação tem a ver com as pessoas acima de 60 anos serem grupo de risco e serem maioria nos índices de mortes em todo o País. "Nossa chance de vencer a Covid-19 é pouca, então precisamos que respeitem o Estatuto do Idoso e o que diz a lei. Nós só queremos uma definição no lugar de tanto 'talvez'", diz Inocentini.
Ele explica que entened o fato de não ter vacina para todos, mas diz que quer saber quais serão os novos critérios.
Hoje, as datas para vacinação no Estado são apenas uma estimativa, já que dependem do recebimento das doses do imunizante e da vacinação dos profissionais da saúde.
Inicialmente, o governador João Doria (PSDB) planejava o começo da vacinação para 25 de janeiro. Sendo assim, pessoas a partir de 75 anos seriam vacinadas a partir de 8 de fevereiro.
"Não somos contra a vacinação do pessoal da saúde, sabemos que esse é o correto, mas precisamos de uma previsão para a gente também", explica Inocentini.
O Governo de São Paulo afirma que está vacinando, neste primeiro momento, os profissionais da saúde que atuam na linha de frente do combate ao coronavírus e que aguarda a liberação de mais doses para a contemplação dos demais grupos prioritários: idosos com mais de 60 anos e pessoas com deficiência vivendo em instituições de longa permanência, indígenas aldeados, de acordo com definição do PNI (Programa Nacional de Imunização), do Ministério da Saúde.
"A expansão da campanha para demais públicos será feita com base em dados técnicos e será desenvolvida segundo a disponibilidade das remessas do Ministério da Saúde", justifica.
