São Paulo tem 21 hospitais públicos com 100% de ocupação das UTIs

Dos 105 municípios no estado que contam com leitos de UTI para coronavírus, 49 têm taxa de ocupação de 100%; entre eles, Bertioga

Por: Por Estadão Conteúdo  -  13/03/21  -  13:52
UTI do Hospital de Campanha montado em Heliópolis, em SP, opera com 100% de capacidade de leitos
UTI do Hospital de Campanha montado em Heliópolis, em SP, opera com 100% de capacidade de leitos   Foto: Mister Shadow/ASI/Estadão Conteúdo

O Estado de São Paulo contabiliza 25 hospitais estaduais com taxa de ocupação superior a 97% nos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) exclusivos para covid-19 nesta sexta-feira (12). Desses, 21 têm 100% de ocupação. Há uma semana, eram 19.


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Na tentativa de frear a transmissão do vírus, a gestão João Doria (PSDB) vai endurecer as medidas de isolamento a partir de segunda-feira (15), com o fechamento de escolas, veto a cultos e mais restrições ao comércio.


A Secretaria paulista da Saúde informou que, no Estado, há mais de 100 unidades de gestão direta, incluindo hospitais de campanha. Mas, "com o recrudescimento da pandemia, a rede de saúde está impactada". "A demanda por leitos covid saltou de 690 casos por dia, em junho de 2020, para cerca de mil nesta primeira semana de março", informa.


A secretaria disse ainda que, dos 105 municípios que contam com leitos de UTI para pacientes infectados pelo vírus, 49 têm taxa de ocupação de 100%, entre eles: Embu das Artes, Itaquaquecetuba, Rio Grande da Serra, Bertioga, Itupeva, Jaú, Paulínia, Itapeva e Taboão da Serra. Conforme apuração de A Tribuna, outras duas cidades da Baixada já não tinham mais leitos disponíveis desde sexta-feira (12): Cubatão e Itanhaém.


"A situação é caótica. Temos 15 pacientes necessitando de vaga com urgência, tem pessoas que estão esperando há sete dias. As pessoas precisam entender que dói mais ficar em hospital do que ficar em casa", diz o secretário de Saúde do município de São Paulo, Audrei Rocha. Ele diz que dez leitos de UTI serão habilitados nos próximos dias, mas não serão suficientes para resolver a situação. "Os próximos 30 dias serão os piores que já vivemos no Brasil."


A Secretaria de Estado da Saúde diz que o sistema Cross tem como função identificar vagas em hospitais próximos e que a transferência depende que o paciente esteja em condições de ser deslocado para outra unidade. "A Cross, durante toda a pandemia, já auxiliou na viabilização de vagas para mais de 170,3 mil pacientes com quadros respiratórios agudos e graves para serviços de referência em todo o Estado".


Hospitais privados


Já entre os hospitais privados, três unidades da cidade de São Paulo também têm ocupação de 100% para leitos exclusivos de tratamento da covid-19. A enfermaria do Hospital São Camilo, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz e o Hospital Israelita Albert Einstein operam com capacidade máxima.No Hospital Sírio-Libanês, a taxa de ocupação geral era de 91% até esta sexta-feira (12). No total, a instituição tem 219 pacientes com confirmação ou suspeita de covid-19, sendo que 63 estão em UTIs.


A taxa de ocupação dos leitos destinados ao tratamento de covid-19 é de 93% na UTI da rede de Hospitais São Camilo, em São Paulo, mas está com ocupação total na enfermaria. O hospital diz que "novos leitos estão sendo remanejados para suprir a alta demanda". No Albert Einstein, são 112 pacientes ocupando leitos de UTI e da unidade semi-intensiva, além de 40 pacientes submetidos à ventilação mecânica. Com taxa de ocupação descrita como "lotada", o hospitalafirma que "neste cenário de alta procura por vagas, pode ser necessário um tempo de espera para obtenção de leitos".


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