Um dos reflexos da pandemia de covid-19 é o aumento no número de casos de depressão e transtornos psicológicos, que vem causando o afastamento de profissionais de diversas áreas no mercado de trabalho.
O Sindicato dos Professores de Santos e Região (Simpro) e o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) informaram não dispor de estatísticas sobre o assunto, apontando as dificuldades para conseguir esses dados junto aos órgãos oficiais. A Secretaria de Educação do Governo do Estado, por sua vez, limitou-se a enviar uma nota sobre o assunto, sem mencionar números.
Entre outras terapias são oferecidos tratamento de frequência haifi, homeopatia, hipnose, acompanhamento psicológico, florais, shiatsu, acupuntura, naturopatia e tratamentos aos funcionários que contraíram a covid-19, como fisioterapia e técnica de liberação emocional. Para ter acesso, é preciso agendar pelo WhastApp (13) 3386-4378, das 8 às 16 horas. Mais informações nas redes sociais @casa.doedu cadoroficial (Instagram) e Casa do Educador de Guarujá (Facebook).
A Prefeitura de Praia Grande informou que 61 docentes estão afastados por transtornos psicológicos, não sendo possível afirmar de qual natureza. No ano passado, 90 professores foram afastados pelos mesmos problemas. Os profissionais encontram apoio na Seção de Assistência Psicológica e Social ao Servidor, da Secretaria de Gestão, e no Programa de Saúde Mental, que auxilia servidores com transtornos psicológicos, como ansiedade e depressão.
De acordo com a Secretaria de Educação de São Vicente, 164 servidores do quadro do magistério público municipal pediram afastamento por licenças psiquiátricas em 2021. Já em 2022, foram 144. Os professores e demais servidores conveniados dispõem de atendimentos psicológicos e psiquiátricos na Caixa de Saúde e Pecúlio dos Servidores Municipais, que fica na Rua Frei Gaspar, 157, no Centro. O telefone é (13) 3569-5357.
“Até 15 dias, o professor é afastado sem prejuízo, pois o período é pago pela empresa. Mas, após 15 dias, o trâmite é bem complicado. Muitas vezes, com problemas que afetam psicologicamente o profissional, que dificilmente tem laudos de afastamento e o INSS nem prorroga o prazo. Os professores, temendo demissão após a licença, evitam buscar tratamento, diante da intransigência e da falta de sensibilidade dos patrões”, afirma Alves.
Apeoesp
A diretora estadual do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), Sônia Maciel, diz que a falta de professores nas escolas da rede estadual é uma realidade por diferentes razões, entre elas problemas de depressão, transtornos psicológicos, assédio moral e excesso de trabalho. Ela também reclama sobre a ausência de dados sobre o número de profissionais afastados do trabalho.
Governo do Estado
A Tribuna pediu à Secretaria de Educação de São Paulo informações sobre o número de professores afastados por depressão e transtornos psicológicos na rede estadual da Baixada Santista em 2021 e 2022, mas o órgão informou que não tinha os dados categorizados pela causa da licença. Foi requisitado, então, o número total de afastamentos de docentes na região, mas o órgão não respondeu, enviando a nota abaixo:
“A Secretaria de Educação do Estado de São Paulo informa que existe estabilidade entre os números de afastamento do período solicitado, alcançando menos de 1% do total de professores em exercício. Esse levantamento contempla afastamentos independentemente da causa.
A pasta disponibiliza o Programa de Melhoria da Convivência e Proteção Escolar - Conviva SP para acolhimento de docentes e estudantes da rede. A iniciativa realiza a interlocução local e oferta ações direcionadas aos docentes para auxiliá-los a superar diversas situações, garantindo total amparo e resguardo no seu retorno às atividades”.