Neste ano, Santos ofereceu 8.414 vagas na educação infantil, quase 5% a mais do que no ano passado. Para 2019, pretende ampliar para 8.725 – 3,69% a mais.
Para isso, a Prefeitura contabiliza as vagas que serão abertas com a inauguração, no próximo ano, de duas unidades de Educação Infantil, na Vila São Jorge e no Piratininga. Juntas, elas terão 284 vagas.
Ao se somar o que deve ser aberto em Santos e o que se planeja para Bertioga, Cubatão e São Vicente, estão previstos mais 1.255 lugares para crianças de até 3 anos nessas cidades. Os outros municípios não fizeram projeções.
Em Bertioga, o número de crianças atendidas deve passar de 1.803 para 1.900. Espera-se abrir mais 400 vagas, em 2020, com duas novas creches em Boraceia e Indaiá.
Neste ano, Cubatão reduziu o atendimento na Educação Infantil após fechamento de duas creches conveniadas: queda de 3.337 para 3.161 vagas, de 2017 para este ano. Porém, a reorganização na rede permitirá oferecer 3.408 lugares em 2019, diz o Município.
Em São Vicente, a abertura de creches próprias (Samaritá e Parque Continental) e o convênio com outras duas (Vila Margarida e Tancredo Neves) deve ampliar o atendimento de 5.200 para 5.800 crianças.
Importância
O presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Ensino (Undime) São Paulo, Luiz Miguel Martins Garcia, afirma que são muitos os argumentos sobre a importância da Educação Infantil.
A neurociência, por exemplo, trata dos estímulos e da capacidade de aprender nesse período e aponta que existe uma verdadeira janela de oportunidade em relação ao aprendizado.
“No entanto, ainda é um desafio enorme”, avalia. As principais barreiras são impostas principalmente por infraestrutura e verba. É difícil construir todas as unidades necessárias, tanto por questão financeira quanto de espaço.
Afora isso, Garcia cita que o custo da Educação Infantil é alto. “A Educação Infantil é uma responsabilidade dos municípios, mas temos que discutir o complemento de estados e do Governo Federal, que é o ente federativo que fica com a maior parte do bolo orçamentário”.