Ponte Santos-Guarujá aguarda parecer e autorização para início das obras

Estudos foram autorizados em junho, mas o Governador Márcio França ainda questiona pontos do projeto

Por: Eduardo Brandão & Da Redação &  -  23/12/18  -  21:32

O projeto executivo para o início da obra da ponte Santos-Guarujá aguarda aval da Agência de Transportes do Estado (Artesp). Ele é esperado para 2019. Os estudos foram autorizados em junho, mas, segundo o governador Márcio França (PSB), questiona-se se está correto juridicamente ampliar o contrato de concessão para a Ecovias explorar o Sistema Anchita-Imigrantes em troca de obras de infra-estrutura.


A Procuradoria-Geral do Estado pediu urgência na conclusão do parecer, para julgamento. Em caso positivo, caberá ao governador eleito, João Doria (PSDB), autorizar a obra. Por nota, a equipe de transição do futuro governo reafirmou que se fará a ligação seca.


A ponte, de 7,5 quilômetros, dará acesso entre a Via Anchieta (km 64) e a Rodovia Cônego Domênico Rangoni (km 250). Começará próximo da entrada de Santos e terminará no acesso viário da Ilha Barnabé, a cerca de 500 metros da praça de pedágio da Cônego.


O acesso facilitará o transporte de cargas e o transporte de contêineres vazios entre as duas margens do cais.


A ponte é a terceira tentativa de acesso direto entre Guarujá e Santos promovida pelo Estado. Projetos de um túnel submerso sob o Estuário e uma ponte na região do ferry boat foram apresentados em anos eleitorais passados, mas engavetados. Agora, a obra deve custar R$ 700 milhões e durar 18 meses.


Privatização das balsas


Além do acesso direto entre Santos e Guarujá, a privatização das travessias marítimas por balsas é prevista pelo governador eleito João Doria.


A sobrecarga do atual modelo ficou visível nas últimas semanas, quando as filas para a travessia superaram duas horas nos momentos de pico.


“A privatização das balsas no Litoral paulista vai garantir mais conforto e mobilidade aos usuários e, consequentemente, impulsionar o turismo da região”, afirma, por nota, a equipe de transição de Doria.


O plano é estimular a concorrência nos oito pontos de travessia litorânea – que inclui Santos, Guarujá e Bertioga. Operados pela Dersa, eles seriam oferecidos para a iniciativa privada, com mais de uma empresa responsável por trecho. Doria ordenou ao próximo secretário estadual de Transportes, João Octaviano, que dê prioridade nos estudos para esse fim.


Na campanha eleitoral, Doria dizia que a concessão faria reduzir as filas, permitiria troca das embarcações antigas, maior velocidade nas operações e redução de tarifas.


A mudança só poderá ocorrer a partir de outubro de 2019. Há dois meses, a atual prestadora do serviço assumiu as travessias por um ano. Nos próximos meses, o futuro governo deve fazer as adequações legais da concessão.


Em nota, a Dersa informa que “independentemente de eventuais decisões governamentais a serem adotadas, seguirá trabalhando para assegurar aos usuários um serviço de alta qualidade”. Esperam-se mais de 2,5 milhões de veículos nas travessias durante o verão.


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