Moradores de Santos se dividem sobre importância da 'Fase Vermelha' do Plano São Paulo; VÍDEO

Nova medida do Plano SP é considerada ineficaz para conter o avanço da pandemia

Por: Jordana Langella  -  03/03/21  -  22:23

Após anúncio do governador João Doria (PSDB) sobre o retorno da fase vermelha do Plano SP em todo Estado, pessoas abordadas aleatoriamente nas ruas de Santos por A Tribuna se mostraram, em grande maioria, contra o funcionamento apenas dos serviços essenciais. A partir do próximo sábado (6), apenas estabelecimentos como supermercados, farmácias, padarias, bancos, delivery e atividades religiosas poderão funcionar até o dia 19. 

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Durante cerca de duas horas na região, a reportagem conversou com várias que afirmaram ser contra a adoção da nova medida. Em termos numéricos, a cada quatro pessoas, três se mostraram contra e apenas uma a favor. A maior parte das pessoas ouvidas reclamaram de falta de renda e vagas de emprego que podem ser perdidas por conta da decisão.


É o caso, por exemplo, da autônoma Alessandra Fernandes, que foi demitida do trabalho como gerente de barbearia durante a pandemia e hoje só consegue manter o sustento da casa com ‘bicos’. “Eu consigo colocar as contas em dia, mas eu não consigo colocar alimento na minha mesa. Eu como frango, mas eu nunca consigo comer uma carne. É doído”.  

Retorno da fase vermelha em São Paulo contraria população de Santos

Outro ponto apontado pela população foi a lotação do transporte público, que continuará funcionando durante a fase vermelha. Para o aposentado João Batista, restaurantes são mais seguros, já que existem lugares onde o distanciamento social pode ser respeitado. “Os trens andam lotados, os ônibus também, então fechar um restaurante, uma loja é uma grande besteira, porque o transporte público aumenta a pandemia para todos os lados. Todo mundo fica amontoado”.  


Contudo, parte das pessoas considera o retorno para a fase vermelha essencial, como é o caso da aposentada Alessandra Fernandes. “ A gente precisa mesmo pagar água e luz. Nós temos que trabalhar, mas nós temos que prevenir a vida da nossa família, dos auxiliares de enfermagem e médicos, que estão debruçados dia e noite para salvar vidas”, finaliza.


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