Moradora de São Vicente procura pelo pai há mais de 30 anos: 'Só quero abraçá-lo'
Priscilla Nunes Moreira tem 39 anos, encontrou o pai antes de completar 1 ano de idade, e nunca mais teve notícias
A vendedora Priscilla Nunes Moreira nasceu em Santos. Ela tem 39 anos e só viu o pai quando tinha menos de 1 ano de idade. Ela procura por ele há vários anos, e conta com a ajuda da vaga memória de sua mãe, Joana Nunes Moreira da Silva, de 61. Priscilla sabe que o nome do pai é Oswaldo, e o apelido 'Vavá'. Há cerca de 40 anos era pedreiro, moreno e morava próximo ao canal 6, entre a Avenida Pedro Lessa e o Cais. Outra informação é que ele tinha um amigo chamado José, também pedreiro. Hoje Vavá teria por volta de 63 anos.
"Minha mãe trabalhava em uma casa de família há 40 anos. Era na rua Cunha Moreira, esquina com Júlio Conceição. Nessa época ela tinha 20 anos, e foi quando conheceu meu pai. Eles saíram algumas vezes e ela engravidou", explica a comerciante. "Eles acabaram perdendo contato. Depois que eu nasci, antes de completar 1 ano, meu pai veio nos visitar. Eu estava começando a andar, e essa foi a única vez que meu pai me viu", disse.
A família da residência em que a mãe de Priscilla trabalhava acabou se tornando sua tutora legal, e ela foi praticamente criada pela pessoa que chamava de 'avó', mas até 14 anos ficava alternando entre períodos com a mãe e essa família. Após o falecimento da 'avó', em 2008, já era maior de idade e foi para Guarujá, casou e teve uma filha.
Atualmente ela vive com o segundo esposo, Jefferson, e a filha Gabryella, de 11 anos. "Tudo que mais quero é poder encontrar meu pai biológico, saber se está vivo, conhecer esse lado da família. Tenho tudo, não busco nada a não ser me sentir mais completa e quem sabe poder abraçar meu pai, coisa que nunca pude fazer", diz Priscilla emocionada.
A mãe
Joana Nunes Moreira da Silva mora atualmente em Sertãozinho, no interior de SP. Ela conta que após engravidar foi ao Rio de Janeiro tentar reencontrar sua família, mas não conseguiu e acabou retornando para São Paulo. "Oswaldo era moreno, trabalhava em obras de construção, e seu apelido era Vavá. Me lembro que ele tinha um amigo, também pedreiro, que se chamava José e moravam perto um do outro", contou a idosa.
Quanto à localização de onde Vavá morava, ela lembra-se vagamente. "Era a segunda ou terceira rua depois da Pedro Lessa, sentido cais, do lado esquerdo", conta. Observando a descrição, o pai de Priscilla provavelmente morava na rua Liberdade, Alfaia Rodrigues ou Bernardo Browne, próximo ao canal 6.
Esperança
Priscilla disse que não perde a esperança de, mesmo com essas poucas informações que tem, conseguir encontrar o pai. "Nao sei se ele ainda está vivo, hoje ele teria uns 63 anos, mas eu quero muito poder encontrar a família, e quem sabe dar um abraço nele. A figura paterna sempre me fez muita falta, e todo esse amor estaria aqui guardado para ser dado nesse abraço"
