Mesmo na fase vermelha, escolas estaduais estão autorizadas a funcionar em sistema híbrido

Apesar da decisão, secretário estadual da Educação orientou que as famílias que puderem, mantenham os filhos no ensino remoto durante os próximos 14 dias

Por: Tatiane Calixto  -  03/03/21  -  18:24
Escolas estaduais e municipais em SP funcionam em sistema híbrido
Escolas estaduais e municipais em SP funcionam em sistema híbrido   Foto: Vanessa Rodrigues/AT

Como já prevê o decreto publicado no final do ano passado, mesmo na fase vermelha do Plano São Paulo, as escolas estaduais estão autorizadas a funcionar em sistema híbrido, com restrição de atendimento.


Durante a coletiva do Centro de Contingência da Covid-19, o governo estadual manteve essa decisão. Apesar disso, o secretário de Educação Rossieli Soares orientou que as famílias que puderem, mantenham os filhos no ensino remoto durante os próximos 14 dias.


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"Não há obrigatoriedade (de aulas presenciais) neste momento. As famílias que têm condições de ficar com os filhos no ensino remoto, devem ficar. A escola deve estar aberta aos alunos que mais precisam", afirmou.


Conforme o secretário, esse grupo é composto pelos estudantes com necessidade de alimentação escolar, com dificuldade de acesso à tecnologia, severa defasagem de aprendizado, além também daqueles alunos cujos responsáveis trabalham em serviços essenciais que ficarão abertos.


No caso do ensino superior as atividades presenciais só estão autorizadas para os cursos da área de Saúde. Nos demais, as atividades estão suspensas.


Fase Vermelha


Medida foi anunciada pelo governador de São Paulo, João Doria, no início da tarde desta quarta
Medida foi anunciada pelo governador de São Paulo, João Doria, no início da tarde desta quarta   Foto: Estadão Conteúdo

A partir da 0h de sábado, todo o Estado de São Paulo voltará para a fase vermelha do Plano São Paulo de flexibilizações, considerada a mais restritiva.


O decreto ocorrerá até o dia 19 de março, segundo anunciado pelo governador.


Com isso, apenas serviços considerados essenciais poderão funcionar, como supermercados, farmácias, padarias, postos de combustíveis, pet shops, bancos, lavanderias, oficinas de veículos, atividades religiosas, serviços de delivery e transportes públicos. Shoppings e estabelecimentos comerciais que não se enquadram nos serviços essenciais deverão fechar.


A decisão ocorreu após o Estado bater recorde de mortes em apenas um dia. Na terça-feira (2), foram registrados 468 óbitos por covid-19. O alto índice de ocupação de leitos em UTIs e enfermarias também foi um fator determinante para que o governo paulista adotasse medidas mais restritivas.


Estima-se que, sem a fase vermelha e novas restrições, o sistema hospitalar no Estado de São Paulo entraria em colapso em apenas  11 dias.


Críticas


Na coletiva de hoje, antes de anunciar as medidas mais restritivas, o governador João Doria (PSDB) fez um discurso duro criticando o governo federal. Segundo Doria, a atual situação, a pior desde o início da pandemia, é fruto também da falta de comprometimento e coordenação da União e da falta de apoio da população.


"É problema de um governo negacionista, mas também de parte da população. Não é razoável difundir que não é necessário o uso de máscara e promover aglomeração", disse o governador que, mais uma vez, repetiu que a covid-19 não é uma gripezinha.


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