
Prefeito vicentino tende a presidir o Conselho da Baixada Santista pela primeira vez; Nesta terça, encerra-se a gestão de Márcio Cabeça, chefe do Executivo de Mongaguá ( Foto: Vanessa Rodrigues/Alexsander Ferraz/AT )
O prefeito de São Vicente, Kayo Amado (Pode), deve ser eleito nesta terça-feira (20) como presidente do Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista (Condesb). Candidato único, concorre ao cargo na cidade que administra. O encontro acontece no salão do Hotel Monte Rey, no Centro vicentino, e começou às 10 horas.
Com mandato de um ano, Amado substituirá o atual presidente, Márcio Melo Gomes, o Márcio Cabeça (Republicanos), prefeito de Mongaguá. Será o quarto vicentino no posto. Antes dele, ocuparam a função Márcio França, primeiro presidente do Condesb (1997-1998), Tercio Garcia (2008-2009) e Pedro Gouvêa (2018-2019).
Em nota distribuída pela Secretaria Municipal de Imprensa e Comunicação Social, Amado declarou que, “após três anos, nosso governo amadureceu com qualidade e também se tornou respaldado a exercer este importante papel regional. (...) Também me animo em poder dar sequência em projetos junto à Agem (Agência Metropolitana), para fortalecer os interesses dos municípios”.
Amado tinha pretensão de assumir o Condesb já no ano passado. Porém, após conversa telefônica com Márcio Cabeça, este o convenceu de dois aspectos. O primeiro, político, pelo fato de o prefeito de Mongaguá ser o único, na região, do partido do governador Tarcísio Gomes de Freitas, então recém-empossado.
O outro motivo é que o prefeito vicentino poderá tentar a reeleição, enquanto o republicano está em seu segundo e último mandato. Ficou subentendido, desde então, que o atual presidente apoiaria Amado neste ano.
Novos membros
Além de também se escolher o vice-presidente do Condesb, que será um representante do Governo Estadual, a reunião do conselho terá outra novidade: após 12 anos de espera, duas instituições da sociedade civil tomarão assento no colegiado, com direito a voto, por ordem judicial.
Uma delas é a União dos Vereadores da Baixada Santista (Uvebs), que tem como presidente o vereador Fábio dos Santos Pereira, o Bibão (PSDB). A outra é a organização da sociedade civil Consciência pela Cidadania (Concidadania), que dá suporte jurídico ao Fórum da Cidadania de Santos, com Marcos Pellegrini Bandini.
Esses representantes terão dois anos de mandato.
Instituída em 1996, metropolização já é assunto há 65 anos
A metropolização da Baixada Santista começou a ser discutida em 1959, por iniciativa do então prefeito Sílvio Fernandes Lopes, de Santos, por meio do movimento pró-metropolização. Em 1970, o então vereador santista Rubens Lara propôs a formação de uma Comissão Especial de Vereadores (CEV) para debater o tema.
Só em março de 1996 que o governador na época, o santista Mario Covas, enviou à Assembleia Legislativa o projeto de lei para criar a Região Metropolitana da Baixada Santista. Sancionou a lei em 30 de julho daquele ano, e surgiu a primeira região do gênero fora de capitais.
O Condesb foi instalado em 30 de novembro de 1996, em solenidade na qual Covas empossou os nove prefeitos como membros do grupo - composto, também, pelo Estado, com representação paritária.
A exemplo do que ocorrerá hoje, o primeiro presidente do Condesb, Márcio França, era prefeito de São Vicente e tomou posse na Cidade, em 17 de março de 1997. Em 18 de abril, formou, oficialmente, as primeiras câmaras temáticas para discussão de soluções metropolitanas para transportes, saúde e meio ambiente.
Órgão técnico e de planejamento do Condesb, a Agência Metropolitana da Baixada Santista (Agem) foi criada em 24 de dezembro de 1998, por lei complementar sancionada por Covas. Considerada a etapa final para a instituição efetiva da região metropolitana, a Agem foi instalada em 28 de agosto de 1999 e teve, como primeiro diretor-executivo, Koyu Iha - que fora prefeito de São Vicente entre 1977 e 1981.
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