O jornalista Dirceu Fernandes Lopes morreu aos 81 anos na noite desta quarta-feira (22), em Santos. Dirceu foi professor de diversos jornalistas formados na Faculdade de Comunicação de Santos, da Universidade Católica de Santos (UniSantos). Ele também era professor aposentado da Escola de Comunicação e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo (USP).
Formação
Dirceu concluiu o primário no Grupo Escolar Barão de Rio Branco em 1952. Finalizou em 1959 o curso de Auxiliar de Escritório na Escola Técnica de Comércio Tarquínio Silva. No Instituto Municipal de Comércio de Santos conquistou em 1962 o título de Técnico em Contabilidade. Formou-se Bacharel em Jornalismo, em 1967, pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Santos, e aposentou-se com o título de Doutorado pela USP.
O jornalista escreveu em A Tribuna reportagens que denunciaram problemas e impactaram a vida de pessoas, como 'Presídio, o Caminho do Crime', em 1968 e 'O Cárcere', em 1974, que abordavam as condições precárias nos presídios em Santos.
Ou mesmo quando na matéria publicada em 25 de junho de 1979, com Zeca Silvares, entrevistaram e questionaram o indianista, Orlando Villas Boas, indicado para o Prêmio Nobel da Paz, sobre vários aspectos que envolvem a vida das comunidades indígenas no Brasil.
Suas matérias iam sempre além, abordando alcoolismo, violência contra a mulher, saúde, e, claro, várias sobre o Santos e Pelé, o Rei do Futebol.
Na edição de 127 anos do jornal A Tribuna, em 26 de março de 2021, um texto escrito pelo filho, Diogo Dias Fernandes Lopes, lembrou de algo que Dirceu disse a uma aluna, estudante de jornalismo: "Não estou preocupado em formar jornalistas, estou preocupado em formar seres humanos que possam se indignar com a realidade, e com isso, provocar mudanças. Soou um idealista, essa é minha utopia. Ser jornalista é toda uma conscientização do mundo.."