Igrejas e templos religiosos podem fechar durante a fase vermelha

O procurador-geral de Justiça, Mario Sarrubbo, estuda recomendar que os ofícios religiosos sejam excluídos das atividades essenciais

Por: Nathália de Alcantara  -  09/03/21  -  15:04
Ofícios religiosos podem ser excluídos das atividades consideradas essenciais
Ofícios religiosos podem ser excluídos das atividades consideradas essenciais   Foto: Pixabay

O procurador-geral de Justiça, Mario Sarrubbo, estuda recomendar que os ofícios religiosos sejam excluídos do rol de atividades essenciais. Na prática, isso implicaria a manutenção apenas do ingresso dos fiéis para oração nos templos, neste momento em que todo o Estado enfrenta o grau de maior restrição previsto no Plano SP, sem qualquer aglomeração.


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Por mais de três horas, na tarde desta segunda (8), ele ouviu a argumentação de parlamentares que representam lideranças de diversas confissões sobre o decreto atual, que possibilita a realização de celebrações, cultos e encontros presenciais de caráter religioso.


“Temos procurado enfrentar a pandemia com muita responsabilidade”, disse Sarrubbo no início da reunião, que contou ainda com a participação do subprocurador-geral de Justiça de Relações Institucionais, Arnaldo Hossepian Júnior, e do subprocurador-geral de Justiça Jurídico, Wallace Martins Paiva Júnior. 


Participaram ainda os promotores Arthur Pinto Filho (coordenador do gabinete de crise da covid-19 do Ministério Público de São Paulo), Susana Henriques da Costa (chefe de Gabinete da Procuradoria-Geral de Justiça e secretária do gabinete de crise) e Eduardo Tostes (integrante do gabinete de crise).


“Temos que diminuir ao máximo a circulação de pessoas”, sustentou Sarrubbo, apontando a alta taxa de ocupação dos leitos de UTI e o maior índice de transmissibilidade das novas cepas do coronavírus como fatores críticos.


“De duas semanas para cá, a situação progride de forma nunca vista”, disse Pinto Filho. Tostes, por sua vez, trouxe dados colhidos com os promotores que atuam na linha de frente. 


Em Presidente Prudente, por exemplo, houve um acréscimo recente de dez novos leitos de UTI. Mesmo assim, pela manhã, havia 31 pacientes aguardando e nove intubados.


A secretária de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen, que representou o Governo na reunião ao lado do secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, ratificou a preocupação. 


Segundo ela, a semana epidemiológica encerrada no último sábado indicou um salto de 19% no total de internações, o maior crescimento registrado no Estado desde o início da crise.


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