Os casos de dengue na Baixada Santista despencaram 99,54% entre março deste ano, quando a doença atingiu seu pico, com 3.992 registros, e este mês, com 18 doentes até então. Com relação às ocorrências de chikungunya, a redução é ainda maior: de 99,97% no mesmo período, caindo de 4.355 para uma.
As prefeituras de Itanhaém, Mongaguá e Peruíbe não entram no cálculo porque não responderam até o término desta edição.
Guarujá, que chegou a registrar 1.209 casos de chikungunya só em março, ainda não registrou casos da doença neste mês. A mesma coisa aconteceu com as ocorrências de dengue, atualmente zeradas, ante 345 registros também feitos em março.
Santos, que chegou a ter 2.641 casos de chikungunya em março, agora está sem registros da doença. Com relação à dengue, a queda foi de 1.430 em abril, mês com maior número de casos na Cidade este ano, para sete neste mês.
Em Praia Grande, que chegou a ter 740 ocorrências de dengue em março, não registrou nenhum caso da doença neste mês. A respeito dos casos de chikungunya, a redução foi de 588, em abril, para zero agora em outubro.
Também houve redução em São Vicente. Quanto à dengue, a queda é de 741 em fevereiro para nenhuma ocorrência neste mês. Com relação aos registros de chikungunya, a queda é de 140 casos em fevereiro para nenhuma ocorrência.
Redução
Segundo o infectologista Eduardo Santos, a redução tem a ver não apenas com as medidas adotadas pelas prefeituras para tentar reduzir o número de casos das doenças, causadas pelo mosquito Aedes aegypti.
“Com a mudança no tempo, a diminuição de dias de calor e menos chuvas, o mosquito tem proliferado menos. Acredito que essa redução gritante dos casos tem mais a ver com isso do que com a conscientização da população”, considera.
Ele lembra que as duas doenças são bastante perigosas e devem ser diagnosticadas o quanto antes.
“No caso de dengue, os sintomas mais comuns são febre, dor de cabeça, náuseas, vômito, manchas vermelhas na pele e dores nas articulações. A doença mata e é ainda mais letal em crianças e idosos.”
A infectologista Viviane Santana reitera essas orientações e pede para que as pessoas não deixem de tomar cuidados, como se livrar dos objetos que acumulam água, como garrafas PET.
“Cuidar de calhas e caixas d’água, além de tomar cuidado com o lixo, são cuidados simples. Os ralos também devem ser limpos com frequência, assim como os vasos de planta”, salienta.
Ela explica que, apesar de a incidência de casos ser maior no verão, as pessoas também podem ficar doentes em outras estações do ano.
“Devemos também começar agora os cuidados para o próximo ano, adotando medidas simples e que devem ser adotadas no dia a dia. O mais importante é também repassar esses cuidados para os demais familiares da casa”, pede Viviane.