Condutora de VLT explica ‘rotina’ de trabalho e importância do transporte: ‘Sentimento de gratidão'

Equipe de A Tribuna foi até a cabine de um VLT para mostrar como funciona a condução deste veículo

Por: Thiago D'Almeida  -  18/05/21  -  07:40
   Baixada Santista conta com 15 estações do VLT entre Santos e São Vicente
Baixada Santista conta com 15 estações do VLT entre Santos e São Vicente   Foto: Thiago D'Almeida/AT

A Baixada Santista conta com um Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que faz viagens diariamente de Santos até São Vicente e vice-versa. Mas já parou para pensar sobre como funciona a condução desse transporte coletivo? A equipe de A Tribuna teve acesso à cabine de um e produziu uma videorreportagem especial sobre o dia a dia da profissão, os maiores desafios e o que é necessário para entrar no ramo. Confira no vídeo abaixo.


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Dentro da cabine, a condutora Jayris Rodrigues de Souza explicou como funciona sua ‘rotina’ dentro do trabalho. “Embora eu tenha horário de entrada e saída, cada dia é diferente por conta dos obstáculos e da atenção que temos que ter no trecho”, afirma.


De acordo com Jayris, o olhar atento e o controle da situação são necessários para o profissional. “Precisamos prestar atenção em praticamente tudo. Tentamos trazer o máximo de conforto para os clientes e andar sempre segurança, mas aparecem alguns obstáculos”, explica. “Em contrapartida, por conta do treinamento que temos, aplicamos todos [os aprendizados] diretamente nos trechos. Dessa forma, evitamos colisões”.


Sob o olhar ‘despreparado’ para a função, o painel dos condutores pode assustar, mas ela garante que, apesar disso, torna-se “fácil” com o treinamento adequado. “Olhando assim, passa a impressão de ser difícil, mas é bem tranquilo, conseguimos entender bem”.


   Condutora de VLT explica que atenção é 'essencial' no dia a dia de trabalho
Condutora de VLT explica que atenção é 'essencial' no dia a dia de trabalho   Foto: Thiago D'Almeida/AT

Ainda sobre a parte operacional do VLT, explicou: “Temos um manipulador, que direcionamos para frente no momento de aceleração e para trás na hora do freio. Além disso, temos um aviso sonoro, que apertamos quando passamos por algum cruzamento ou para alertar pedestres e ciclistas”.


Para se tornar um condutor de VLT, é necessário passar por uma série de etapas, como explicou o inspetor operacional Ewerton Barbosa dos Santos.


“O requisito para se tornar um condutor é ter a ‘Categoria D’, assim como um curso de transporte coletivo. Depois, [os candidatos] passam por um treinamento, que tem cerca de 270 horas (divididas em aulas teóricas e práticas). Fazem também o uso de um simulador e, uma vez aprovados no treinamento, ficam um período conduzindo com um condutor mais experiente ao seu lado”, descreve. “Após isso, passam por uma nova avaliação e, ai sim, estão liberados para conduzir o VLT sozinhos”.


De acordo com Santos, a Baixada Santista conta com 15 estações espalhadas por São Vicente e Santos, com 22 'VLTs' disponíveis. Entretanto, no momento, apenas 11 estão em operação.


Por fim, a condutora Jayris descreveu que o sentimento por ‘fazer parte’, direta ou indiretamente, da vida das pessoas que utilizam o transporte. “O sentimento é de gratidão, pois gosto muito do meu trabalho em si. Saber que estou contribuindo de alguma forma é bem importante”, finaliza.


   Condutora cita 'sentimento de gratidão' por importância na vida de passageiros e explica rotina
Condutora cita 'sentimento de gratidão' por importância na vida de passageiros e explica rotina   Foto: Thiago D'Almeida/AT

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