Com restaurantes fechados, garçons de Santos viram motoboys para driblar crise: 'No sol e na chuva'

Muitos trabalhadores foram obrigados a trocar a bandeja pela mochila térmica para não ficar sem trabalho

Por: Rosana Rife  -  09/03/21  -  10:16
 a saída para muitos trabalhadores que atuam como garçom foi trocar a bandeja por mochilas térmicas
a saída para muitos trabalhadores que atuam como garçom foi trocar a bandeja por mochilas térmicas   Foto: Pixabay

Sem atendimento nas mesas de bares e restaurantes mais uma vez devido às medidas de restrições impostos pelo Estado no combate à covid-19, a saída para muitos trabalhadores que atuam como garçom foi trocar a bandeja por mochilas térmicas e pilotar motos entregando lanches, marmitas e pratos prontos.


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“Tive de virar motoboy porque não tinha mais o trabalho como garçom. Minha renda caiu cerca de 60%, mas não para ficar parado. Infelizmente a gente vê praia liberada e restaurantes não podem abrir, sendo que a gente tomava todos os cuidados, com distanciamento entre as mesas e higienizava tudo”, diz José Batista, 38 anos.


Depois que foi demitido do restaurante em que trabalhava pela primeira vez no início da pandemia, Thiago Lima, 27 anos, comprou uma moto financiada e também trocou o ofício de garçom pelo de motoboy.


É o que tem ajuda a manter as contas em dia na cada dele e, pelo andar da carruagem, Lima não vê um cenário favorável para retomar a antiga profissão tão cedo.


“O rendimento quase se equivale se você fizer muitas entregas, mas é muito perigoso. Você se arrisca mais. Trabalha no sol e na chuva. Tem o lado bom que não estou sem trabalho. Mas vejo cada vez mais colegas perderem o emprego. É difícil”. 


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