Clínicas privadas não devem receber vacina contra o coronavírus antes de abril

Expectativa do setor é conseguir imunizante apenas quando todo grupo de risco for vacinado pelo governo

Por: Maurício Martins  -  09/01/21  -  12:50
Rede particular deve comprar imunizante da Índia
Rede particular deve comprar imunizante da Índia   Foto: Estadão Conteúdo

As clínicas particulares devacinasemSantos ainda não têm previsão de quando terão um imunizante contra ocoronavíruspara oferecer aos seus clientes.A expectativa mais otimista é o mês de abril. Porém, os estabelecimentos só devem comercializar o produto após todas as pessoas que fazem parte do grupo de risco (como profissionais de saúde e idosos) serem vacinadas gratuitamente pela rede pública.


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Informações sobre uma fila para a vacina, com cadastro de pessoas em clínicas da Cidade não procedem, conforme a Reportagem apurou. Não é possível nem saber qual vacina as unidades privadas conseguirão e para quais públicos ela será indicada.Por isso, promessas de aplicação são infundadas.


Segundo amédica pediatra Márcia Faria Rodrigues, dona da clínica de vacinas Mar Saúde, em Santos,não existem prazos. “O pessoal de risco vai ser vacinado pelo Governo. Meu pai, minha mãe, eu vou tomar pelo Governo, que vai ser bem anterior”, explica Márcia, quefaz parte daAssociação Brasileira das Clínicas de Vacinas (ABCVAC).


Segundo ela, a vacina mais adiantada em termos de negociação pela rede privada é aCovaxin, produzida na Índia.“É muito semelhante àCoronavac, segura, de fácil armazenamento. Mas é importante dizer que nenhuma vacina será comprada e aplicada sem aprovação da Anvisa”.


A médica ressalta que ainda nãose sabese essa vacina dará certo,porquenão foram liberados os resultados da fase 3- quando ela é considerada segura e aplicada em grande quantidade de pessoas.


“O que temos que fazer énosadiantarnanegociação. Masnão tem lista de espera, cadastro, reserva. Isso seria uma grande irresponsabilidade. Também não temos a menor ideia de preço, até porque não sabemos como ficarão os impostose em que moeda a vacina será comprada”.


Márcia destaca quemuitas vacinas não impedem a contaminação, mas podem evitar casos graves, o que já é um grande benefício.O ideal, diz ela, é o País ter várias vacinas disponíveis. “O Canadá comprou vacinas de laboratórios diferentes em doses suficientespara vacinar toda a sua população três vezes. Ouseja, vai sobrar vacinas. Eles fizeram isso porque não sabiamqual iria funcionarequal laboratório iria entregar primeiro.Não apostaram num único fabricante”.


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