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Com relação aos nascimentos, Santos registrou o menor número de nascidos vivos em um primeiro semestre desde 2003. Até o final de junho, contabilizaram-se 3.086 nascimentos, número 37,2% menor que a média de registros de bebês no Município desde o começo da série histórica. Em relação a 2019, a queda é de 31,5%.
A diferença entre nascimentos e óbitos na Cidade, que estava na média de 2.089 nascimentos a mais em Santos, caiu para 577 óbitos a mais este ano.
A mesma realidade é encontrada nas outras cidades da Baixada Santista, em especial Mongaguá e São Vicente (veja infográfico). Monte Bello lembra que os cartórios foram serviço essencial e não paralisaram o atendimento durante a pandemia. “Foi feita apenas a redução no horário de atendimento em determinados períodos do ano passado.”
Casamentos
No primeiro semestre deste ano, Santos também registrou o quarto menor número de casamentos da série histórica, desde 2003, 16,4% inferior ao dos anos anteriores. Até junho deste ano, os cartórios celebraram 756 casamentos civis, número 21,5% maior que os 622 matrimônios realizados no mesmo período de 2020, mas 15,1% menor que os 890 celebrados em 2019.
Depois, os números são cruzados com os dados históricos do estudo Estatísticas do Registro Civil, promovido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base nas informações dos cartórios brasileiros.
“Com o Portal da Transparência, podemos visualizar a real condição que a sociedade está passando, como o grande aumento no número de óbitos e a diminuição dos nascimentos”, diz o presidente da Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado de São Paulo (Arpen/SP), Luis Carlos Vendramin Junior.
Para ele, as informações disponibilizadas são bastante preciosas. “Por meio da plataforma, o Poder Público pode fazer uma análise dos impactos da doença e trabalhar as políticas necessárias para atendimento desta nova realidade populacional”, defende Luis Carlos.