Baixada Santista não registra caso grave de reação a vacinas contra a Covid-19

Médicos explicam que cenário regional evidencia segurança de imunizantes da CoronaVac e de Oxford

Por: Rosana Rife & Da Redação &  -  23/02/21  -  12:16
Entre os 9,5 milhões de imunizados, 3.467.045 receberam a segunda dose da vacina
Entre os 9,5 milhões de imunizados, 3.467.045 receberam a segunda dose da vacina   Foto: Matheus Tagé/AT

Com 78.055 pessoas vacinadas contra o novo coronavírus nas nove cidades da Baixada Santista, a região não registrou nenhum caso grave de reação às vacinas CoronaVac e de Oxford, as duas opções fornecidas pelo Governo do Estado e Ministério da Saúde, até o momento, na batalha contra a covid-19.


“A CoronaVac, por exemplo, é uma vacina clássica, com vírus atenuado. Já temos esse modelo no calendário vacinal. Em termos de segurança e efeitos adversos, podemos dizer que eles são mínimos”, informa o médico infectologista Marcos Caseiro.


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Em Mongaguá, Cubatão, Peruíbe e São Vicente, por exemplo, algumas pessoas relataram reações leves, como dores de cabeça, pelo corpo e no local da aplicação, segundo as prefeituras. Nas demais cidades, não houve queixas. Por isso, os profissionais reforçam que não há motivo para não se tomar a dose do imunizante.


“As vacinas contra a covid-19 são seguras. Algumas reações leves podem aparecer logo após tomar a injeção, como vermelhidão, dor e inchaço no local”, diz o infectologista e consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Leonardo Weissmann.


Segundo ele, há casos em que podem ocorrer febre, mal-estar e dor de cabeça, mas de intensidade leve e que desaparecem depois de poucos dias. “Isso acontece porque a vacina estimula o sistema imunológico (de defesa), preparando-o para um ‘possível ataque’ do vírus”, acrescenta Weissmann.


Queda


Pesquisas feitas em vários países apontam para uma redução no número de pessoas contrárias ao medicamento. Na França, por exemplo, conforme levantamento do Instituto Odoxa, subiu para 61% a intenção dos franceses dispostos a se imunizar. O número praticamente dobrou após o início da campanha de vacinação naquele país.


“É muito importante que todo mundo possa ser vacinado. Nós só conseguiremos uma imunidade de rebanho populacional quando cerca de 60% a 70% das pessoas estiverem imunizadas. Não há outra maneira de atingirmos essa imunidade”, diz o médico e psicólogo Roberto Debski.


No Brasil, a divulgação de informações falsas tem contribuído para ainda haver grupos antivacina. Porém, na avaliação dos especialistas, a tendência também é de queda. “Além disso, temos a politização envolvendo o assunto, que pode também levar à insegurança da população”, ressalta Weissmann.


Além do próprio umbigo


Esse tipo de comportamento é perigoso porque afeta não somente a saúde do próprio indivíduo, mas de toda a sociedade. “A lógica da vacina é trazer uma proteção que chamamos de coletiva, imunidade de rebanho. Isso significa que, quando você se vacina, está protegendo indiretamente as outras pessoas”, destaca Caseiro.


Vale ressaltar que grávidas e jovens abaixo de 18 anos não serão vacinados, de acordo com Caseiro. Isso porque os estudos dos imunizantes não contemplaram esses públicos. “Quanto mais pessoas dos demais grupos se imunizarem, estarão protegendo indiretamente esses (que não tomarão a vacina). Tomar vacina faz bem para a gente e aos outros. As pessoas não podem esquecer isso”.


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