Aterro sanitário na Área Continental de Santos tem vida útil até 2022

Diretora presidente da Cetesb recomenda buscar alternativas para evitar transtornos

Por: Da Redação  -  10/02/21  -  17:51
Aterro sanitário do Sítio das Neves é alvo de debates e projetos em busca de opções
Aterro sanitário do Sítio das Neves é alvo de debates e projetos em busca de opções   Foto: Divulgação/PMS

Com vida útil prevista até junho de 2022, o aterro sanitário do Sítio das Neves, na Área Continental de Santos, é alvo de debates e projetos em busca de opções. O local recebe lixo de sete das nove cidades da Baixada Santista, à exceção de Itanhaém e Peruíbe.


Clique e Assine A Tribuna por apenas R$ 1,90 e ganhe acesso completo ao Portal e dezenas de descontos em lojas, restaurantes e serviços!


O assunto foi tratado em uma reunião, na segunda-feira (8), entre a diretora presidente do Companhia Ambiental do Estado (Cetesb), Patrícia Iglecias, e o prefeito de Santos, Rogério Santos (PSDB). “Precisa buscar as alternativas adequadas para que a gente tenha um planejamento para depois desse período”, diz. Ela ressalta a importância da participação do setor público em educar a população quanto à geração de resíduos.


Apontada como alternativa ao aterro, o projeto para uma Unidade de Recuperação de Energia (URE), um incinerador de lixo planejado pela Valoriza Energia SPE, tem pronto um Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança (EIV). O documento foi submetido a audiência pública virtual em 31 de julho e está sob análise da Cetesb.


“Ainda faltam informações complementares do empreendedor, do Comitê da Bacia (Hidrográfica), da Fundação Florestal. Então, um processo como esse leva em conta todos os fatores para indicar a viabilidade ou não”, explica. Patrícia lembra que o Ministério Público Estadual (MPE) recomendou a suspensão do licenciamento da URE. A área em que o incinerador será instalado, o impacto ambiental e a falta de uma reunião do Conselho de Desenvolvimento da Baixada (Condesb) estão entre os motivos.


A diretora afirma que a Cetesb já contatou o MPE e informou que “todas as recomendações serão avaliadas nas nossas análises (...). O ponto principal para a Cetesb é analisar a questão das emissões atmosféricas, se a gente vai conseguir manter uma qualidade do ambiente para a saúde das pessoas”.


Os quatro módulos da URE poderiam queimar 500 toneladas de lixo por dia. O estudo da empresa analisou um raio de dois quilômetros em torno do terreno onde se prevê a instalação da unidade.


Cortesia


Patrícia Iglecias também se encontrou com a prefeita de Praia Grande, Raquel Chini (PSDB). Patrícia entende que a Baixada Santista “é uma região sensível, de interesse ambiental, tem proximidade com áreas protegidas e, obviamente, também tem seus temas de desafios”, disse.


E finalizou: “A ideia é sempre estar trabalhando em conjunto, seja com o setor público, com as próprias prefeituras ou com as empresas, tentando viabilizar um licenciamento das atividades que seja cada vez mais eficiente, no que diz respeito ao tempo também. Então, a conversa foi nesse sentido com os prefeitos de Santos e de Praia Grande”.


Logo A Tribuna
Newsletter