Após meses de 'aflição', jovem de Santos que atua na linha de frente é imunizada: 'Esperançosa'

Nicolle Carneiro de Lira, de 18 anos, começou a trabalhar em um hospital de infectologia em março de 2020. Ela não imaginava o que viria pela frente

Por: Daniel Gois  -  01/03/21  -  13:39
Moradora da Pompéia, Nicolle trabalha no Hospital de Infectologia Willian Rocha, em Guarujá
Moradora da Pompéia, Nicolle trabalha no Hospital de Infectologia Willian Rocha, em Guarujá   Foto: Arquivo pessoal

Em março de 2020, a estudante de farmácia Nicolle Carneiro de Lira começava uma nova jornada como estagiária na Unidade de Infectologia Willian Rocha, em Guarujá. Ela nunca imaginava que uma pandemia mundial viria pela frente. Passado um ano, e após receber as duas doses da vacina contra a Covid-19, a jovem de 18 anos se mostra esperançosa quanto a imunização em massa.


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Moradora do bairro Pompéia, em Santos, Nicolle recebeu a primeira dose da Coronavac em 22 de janeiro, e a segunda no dia 15 de fevereiro. A jovem recorda toda a trajetória, desde o início dos trabalhos até o momento da vacinação.


“Me senti esperançosa com o momento. Na segunda dose, fiquei ainda mais aliviada. Não imaginava que estaria por vir uma pandemia. Foram muitos meses de aflição, medo de se contaminar, principalmente por atuar na área de infectologia”, conta a estudante.


No período, a jovem viu de perto amigos e colegas serem contaminados, tornando o medo ainda maior. Entre as perdas, Nicolle lamenta a morte do avô, que faleceu em maio, aos 70 anos, vítima de Covid-19.


Mesmo vacinada, Nicolle Carneiro de Lira destaca que não irá relaxar no combate à Covid-19
Mesmo vacinada, Nicolle Carneiro de Lira destaca que não irá relaxar no combate à Covid-19   Foto: Arquivo pessoal

"Fiquei muito mal, não podíamos ir ao enterro. Poucos da família foram e tinha que manter o distanciamento, uma situação muito difícil pra eu superar”, recorda.


Mesmo vacinada, Nicolle afirma que não terá descanso pela frente. Ela enaltece a importância do uso constante dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), como máscaras, viseiras e luvas, e afirma que a população não precisa temer possíveis efeitos do imunizante.


“Não tenham medo de se vacinar. Não devemos pensar só em nós, mas no coletivo, em quem não pode tomar a vacina, evitando assim a doença. Não tem efeito colateral e não dói, é uma vacina como as outras. É uma esperança e devemos aproveitar, mas não relaxar”, finaliza.


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