Deputados da Baixada Santista comentam projeto de extinção da Dersa

Projeto foi aprovado na Assembleia Legislativa de São Paulo, na última terça-feira (10), por 64 votos

Por: Maurício Martins & Da Redação &  -  11/09/19  -  17:17
Segundo o presidente da Dersa, previsão é que uma 8ª balsa chegue até o final de agosto
Segundo o presidente da Dersa, previsão é que uma 8ª balsa chegue até o final de agosto   Foto: Carlos Nogueira/ AT

A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) aprovou, nesta terça-feira (10), a extinção da empresa Desenvolvimento Rodoviário S/A, a Dersa. O placar foi de 64 a 15, com duas abstenções. Segundo o texto aprovado pelos deputados estaduais, o governo de João Doria (PSDB) fica autorizado a realizar a dissolução, a liquidação e a extinção da empresa, que é responsável por desenvolver projetos de rodovias e outras infraestruturas em transporte.


A proposta de extinção foi apresentada após a empresa se tornar foco de denúncias de corrupção nos governos tucanos de São Paulo Só no ano passado, a empresa foi envolvida em ao menos quatro casos de corrupção.


Os representantes da Baixada Santista comentaram sobre a votação realizada na Alesp. Apenas uma emenda foi aprovada com o projeto, de autoria do deputado estadual da região Paulo Corrêa Júnior (PATRI), que votou a favor da proposta. O texto impede qualquer paralisação nos serviços de balsas com administração direta pelo Estado. 


"A atividade será de responsabilidade da Secretaria de Transportes e Logística e também a organização das filas, embarques preferenciais e prioritários. Aproveitando, assim, para organizar e acabar com o jogo de empurra para saber quem é responsável por isso”, diz o parlamentar. 


Os outros três deputados estaduais da região também votaram a favor da extinção da Dersa. Para Kenny Mendes (PP), a empresa era “não só um cabide enorme de emprego, mas uma fonte inesgotável de escândalos”. “Parece que usavam tanto dinheiro em cima que mal sobrava para a parte de baixo, no serviço das balsas”. 


Caio França (PSB) acredita que o Estado terá mais agilidade na substituição de balsas e qualidade na manutenção. “A Dersa foi criada para atuar como operadora rodoviária, o que já não vem fazendo faz tempo. Com isso, acumula prejuízos financeiros”. 


Para Tenente Coimbra (PSL), toda diminuição do Estado é importante, ainda mais quando se trata de “um calcanhar de Aquiles dentro da Baixada”. “Todos temos problemas para atravessar de Santos para Guarujá e muito disso acontece por má administração da Dersa. A gestão é ineficiente e os moradores da Baixada sofrem diariamente”. 


A Dersa completa 50 anos de existência em 2019 - ela foi criada em 1969 para a construção da Rodovia dos Imigrantes e, desde então, já executou 16 grandes obras, como as rodovias Ayrton Senna e Bandeirantes.


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