Coronavírus: Fechamento de creches desafia famílias na Baixada Santista
Com a suspensão gradual das aulas nas redes de ensino das nove cidades da região por conta da pandemia da Covid-19, pais não têm com quem deixar filhos durante o expediente
A profissional de comércio exterior Jéssica Aparecida dos Santos Guia, de 28 anos, mora no Jardim Casqueiro, em Cubatão, e é mãe de Murilo Loran, de 3 anos. Na segunda-feira (16), ela deixou o filho na creche e foi para o serviço, como faz diariamente. Mas, para os próximos dias, essa rotina terá que mudar e ela não sabe exatamente como irá fazer.
Com a suspensão gradual das aulas nas redes de ensino das nove cidades da região por conta da pandemia do novo coronavírus, Jéssica e o marido não têm com quem deixar o filho durante o expediente.
Recorrente
A situação se repete em muitos lares da região, já que, desde segunda-feira (16), as redes municipais e estadual começaram, de forma gradual, a interromper as aulas em creches e escolas. A suspensão total está prevista para o dia 23. A medida é uma estratégia para ajudar a desacelerar a transmissão do vírus no país.
Preocupação
Jéssica afirma que entende a determinação das autoridades, mas está preocupada com a situação. “Trabalho com comércio exterior e meu marido é caminhoneiro em uma empresa”, diz ela, completando que não tem parentes próximos com quem deixar o filho.
“Acho que se é para fechar escola, tem que fechar tudo. Se as crianças vão ficar em casa, os pais também precisam ficar”.
