Comum no inverno, neblina exige cuidado redobrado no trânsito

Recomendação das autoridades é que os motoristas prestem atenção ao volante para evitar acidentes

Por: Da Redação  -  02/07/19  -  01:14
Fenômeno meteorológico ocorre com frequência no Sistema Anchieta-Imigrantes
Fenômeno meteorológico ocorre com frequência no Sistema Anchieta-Imigrantes   Foto: Reprodução/Ecovias

Um levantamento feito pela Agência de Transporte Rodoviário (Artesp) aponta que o Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI) é o local do estado onde é mais frequente a ocorrência de neblina durante o inverno, principalmente na região da serra. Por isso, a recomendação das autoridades é que os motoristas prestem atenção ao volante para evitar acidentes.


De acordo com a agência, os pontos mais críticos são na Via Anchieta, do Km 32 ao Km 44, e na SP-040 (interligação Anchieta-Imigrantes), ambos em São Bernando do Campo. Na Rodovia dos Imigrantes, o trecho com mais risco de nevoeiro para os condutores vai do Km 38 ao Km 46, entre São Bernardo do Campo e São Vicente.


Sempre que o fenômeno atmosférico deixa a visibilidade dos motoristas a baixo de 100 metros, a concessionária Ecovias e a Polícia Militar Rodoviária realizam a Operação Comboio. Nessa ação, os carros que seguem rumo ao Litoral Paulista são represados nas praças de pedágio (nos Kms 31 da Anchieta e 32 da Imigrantes).


“Nessas situações de emergência, os veículos só podem trafegar escoltados por viaturas da Polícia Rodoviária e da concessionária, a uma velocidade máxima de 40 km/h, como medida de segurança”, informa a Artesp, em nota enviada à Reportagem.


Cuidados  


Arquiteto e urbanista especialista em trânsito, Newton Fiori Júnior diz que o primeiro cuidado a tomar é ficar de olho na velocidade. “A recomendação é reduzir em 20% em relação ao limite permitido na rodovia. Fazendo isso, os riscos de acidentes diminuem consideravelmente”, recomenda.


A outra orientação é manter uma distância de segurança do veículo da frente. Mas de que forma, se a visibilidade está prejudicada? Fiori Júnior ensina a regra dos dois segundos. “Escolha um ponto na estrada. Pode ser uma árvore ou uma placa. Quando o carro que vai à sua frente passar por essa referência, comece a contar mentalmente: 1.001 e 1.002. Se você passou antes desses dois segundos neste lugar, diminua”.


Erro comum


O especialista lembra que muitas pessoas têm o hábito de ligar o pisca-alerta quando estão no meio de uma neblina. O que é um erro, como faz questão de frisar. “É a pior coisa. Quem vem atrás vai entender que tem um carro parado, vai tentar desviar e podem ocorrer colisões”.


O certo a fazer é usar o farol baixo, e nunca o alto. “O farol alto é para quando você está sozinho na estrada e precisa de mais iluminação. No caso do nevoeiro, é necessário enxergar de perto. O farol de milha também ajuda nesse sentido”.


Uma atitude importante é trafegar pela direita e nunca no acostamento. “Além da umidade do ar, a neblina deixa a pista úmida e escorregadia. O motorista não consegue frear como faria em condições normais”.


Por último e não menos importante: faça periodicamente a revisão do carro. Medidas como calibrar pneus conforme indicado pelo fabricante, trocar o limpador de para-brisa anualmente para não deixar sujeira no vidro e verificar as condições dos faróis regularmente são essenciais.


Entenda


Nevoeiro e neblina são, essencialmente, a mesma coisa. O que difere é a visibilidade. Na neblina, consegue-se ver além de um quilômetro. Na névoa, a distância é menor.


A formação dos dois é idêntica: o ar quente e úmido, quando em contato como sol, o frio ou uma superfície líquida resfriada, perde o calor e este se transfere para o solo ou para a água gelada. O resfriamento forma o vapor.


A estação do ano em que o fenômeno mais aparece é o inverno, devido à menor incidência de chuvas.


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