Compra de material escolar exige pesquisa e cuidados fundamentais

As orientações básicas são ter lista e não levar os pequenos às compras

Por: Júnior Batista & Da Redação &  -  14/01/20  -  13:36
Os fiscais vão verificar prazo de validade, falta de informação de preço
Os fiscais vão verificar prazo de validade, falta de informação de preço   Foto: Vanessa Rodrigues/AT

Todo começo de ano é a mesma coisa: pais correm para as lojas para comprar material escolar e as papelarias ficam lotadas. Também é hora de garantir descontos, segundo lojistas. As orientações básicas são ter lista, pesquisar e não levar os pequenos às compras.


Mas esta última recomendação quase nunca ocorre, segundo o gerente de uma grande papelaria no Centro de Santos, Tertuliano Tripoli, de 51 anos. “O que ocorre é o contrário: a família vem toda comprar os itens”, diz ele.


Foi o caso da copeira hospitalar Fátima Souza, de 37 anos, moradora da Vila Mathias. Ela trouxe a filha, Beatriz Souza, de 10, para escolher alguns itens. No entanto, garante que não deixa de pesquisar. “Eu a trago, o que é bom porque ela também mostra o que quer, mas, por outro lado, acabamos negociando o que ela quer com o que é viável”, afirma.


Fátima conta que pesquisa “bastante”. “Vou em várias lojas, vários dias. Não saio comprando por impulso”, comenta ela, com a lista na mão, enquanto olhava uma mochila nova para a filha.


Confira as dicas para evitar problemas.


A professora Glenda Leal, de 32 anos, viaja para comprar o material da filha. Natural de Aimorés, no Interior de Minas Gerais, aproveitou que veio visitar a mãe, Nilza Maria, em Santos, para comprar os produtos. “Em São Paulo (Estado) é muito mais barato. Geralmente, acabo indo para algum lugar próximo. Este ano, aproveitei que tiramos férias por aqui e compramos em Santos”, diz.


Entre os acessórios, há de canetas e estojos a cadernos e mochilas. Glenda aproveitou a viagem, pôs tudo no orçamento e vai fazer a lista completa. “Viajei e já comprei. Economizo tempo e muito dinheiro.”
No caso da aposentada Creuza Chiapini, de 68 anos, também saiu às compras. Ela estava com a neta, Júlia Luz, de 15 anos. “Acho que os preços estão parecidos com os do ano passado, sim. Mas, na escola dela, demos sorte porque a maioria dos itens já está incluída na mensalidade escolar. Só compramos o básico”, conta ela, citando cadernos e canetas.


“Mas pesquisamos muito”, garante. A adolescente vê na internet o que quer e, depois, busca o produto na loja. Assim, evita o frete. “E aproveitamos para ver alguma novidade também”, diz a estudante.


Cuidados e dicas


Na hora de ir às compras, é importante saber seus direitos e conhecer dicas que podem ajudar a economizar.


Advogada especialista em Direito do Consumidor, Rafaella Barbosa Longuinho e Silva propõe, por exemplo, usar sites de comparação de preços e verificar se a loja tem credibilidade. Pesquisar ao menos três lojas é útil, diz ela, pois preços podem variar muito.


Outra orientação é se juntar com pais de outros alunos e comprar em maior número. “Isso pode garantir uma boa economia no ando se compra em quantidade de atacado. Normalmente, os preços dos produtos tendem a diminuir.”


Pesquisar com antecedência, fazer uma lista do que realmente se precisa e pedir descontos, tentando negociar ao máximo, são outras sugestões de Rafaella.


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